Confinamento é alternativa na estiagem
O confinamento pode ser utilizado desde o nascimento até o abate do animal
“Há grandes vantagens na adoção desse modelo" - Foto: Sheila Flores
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estima que aproximadamente 95% do gado no Brasil seja criado em sistema extensivo de pastagem, onde o pasto natural é a principal fonte de alimento. Durante períodos de seca, a escassez de chuvas reduz as pastagens, prejudicando o rendimento do rebanho.
Para mitigar esses impactos, muitos pecuaristas adotam o confinamento, que envolve o manejo e a alimentação dos animais em cochos. Um bom manejo nesse sistema pode eliminar completamente a necessidade de pastagem na dieta do gado.
“O confinamento surgiu, essencialmente, como uma opção de facilitar a compra e venda animais nos períodos de safra e entressafra, ou seja, períodos em que geralmente as vendas são reduzidas. Mas logo perceberam que o sistema era muito eficaz para amenizar as dificuldades nas manutenções de pasto e forrageiras”, destaca Mariana da Silva Lisboa, Gerente Nacional de Nutrição da Supremax, uma empresa Axia Agro.
O confinamento pode ser utilizado desde o nascimento até o abate do animal ou apenas na fase final da produção. Embora seja uma alternativa para escassez de pastagens, seu uso não se limita a isso, proporcionando uma dieta balanceada para a engorda e qualidade da carne. A especialista da Supremax ressalta a importância de balancear adequadamente a dieta e a quantidade de água nos cochos para cada categoria de animal, destacando que o acompanhamento de um técnico especialista é essencial para o sucesso do confinamento.
“Há grandes vantagens na adoção desse modelo, entre elas a redução de despesas com reformas de pastagens degradas, produção de carne garantida mesmo em um período de escassez, o que é um ponto muito positivo para o mercado”, afirma Mariana.
Agrolink - Leonardo Gottems
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