Queda do câmbio afeta exportação de trigo
No Paraná, o mercado de trigo também segue lento
Segundo informações da TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Rio Grande do Sul está se preparando para a nova safra, enquanto a exportação futura enfrenta desafios devido à queda do câmbio. O mercado gaúcho está extremamente devagar, com os moinhos bem abastecidos, mas enfrentando problemas de qualidade nos lotes vendidos, o que tem gerado cancelamentos.
Além disso, moinhos de fora do estado têm reclamado da qualidade do trigo, comprando apenas lotes com qualidade reconhecida. Diante desse cenário, os vendedores começam a se ajustar para a nova safra, aumentando as ofertas no mercado e cedendo nos preços.
Em Santa Catarina, o mercado se mantém estável, com os moinhos alongando estoques devido à falta de demanda ou viabilidade econômica das farinhas. Esses moinhos estão se abastecendo no Rio Grande do Sul, onde os preços são mais baixos, e esperam pela safra nova do Paraná e do próprio RS. No entanto, grandes estoques de farinha nos moinhos do interior catarinense e a demanda fraca têm pressionado os preços, que não remuneram os custos de produção. Uma alternativa viável poderia ter sido o uso de mercados futuros em abril e maio.
No Paraná, o mercado de trigo também segue lento, com poucas ofertas e os vendedores pedindo cerca de R$ 1.700 por tonelada FOB. As geadas recentes e a seca que afetaram a produção estão forçando os compradores, que estão com estoques reduzidos, a pagar os preços solicitados pelos vendedores. Há relatos de negócios ocorrendo entre R$ 1.550 e R$ 1.450 CIF moinho, embora a qualidade desses lotes ainda seja incerta.
Agrolink - Leonardo Gottems
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