Oferta mundial pressiona preços da soja
Sojicultores goianos devem ficar atentos aos preços dos insumos
O mercado brasileiro de soja enfrentou um cenário desafiador no início de 2024, registrando os menores preços praticados desde 2020, conforme o informado no boletim Agro em Dados, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa). A alta demanda externa, aliada à valorização cambial, contribuiu para um aumento gradual dos preços nos meses subsequentes. No entanto, as cotações permaneceram abaixo dos patamares observados em 2023 até que, a partir de maio, começaram a superar os valores do ano anterior.
Segundo o boletim, em julho, uma nova tendência de queda nos preços tornou-se evidente, impulsionada pelas perspectivas de uma produção mundial robusta. As atenções do mercado estão voltadas para o desenvolvimento da safra americana, que, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), apresenta lavouras em condições boas a excelentes, com previsões de aumento na produção para a safra 2024/25. Este cenário aumenta a expectativa de uma oferta mundial abundante, pressionando ainda mais as cotações.
Adicionalmente, a conjuntura atual, marcada pela incerteza sobre o resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos, pode ter impactos na política comercial externa do país, especialmente em relação à China, o que poderia resultar em uma maior demanda pela soja brasileira, conforme informações do Agro em Dados.
De acordo com o boteim, no contexto da entressafra de grãos e do vazio sanitário da soja, que se estende até o final de setembro, os sojicultores goianos se preparam para a safra 2024/25. É importante que fiquem atentos aos preços dos insumos, uma vez que, nos últimos anos, tem-se observado uma tendência de adquirir os produtos mais próximos da janela de aplicação, o que pode elevar os preços devido ao aumento da demanda.
AGROLINK - Seane Lennon
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