MT aponta crescimento na produção do etanol de milho, afirma especialista
Produção de Etanol de milho de Mato Grosso tende a seguir um cenário positivo nos próximos e pode ganhar cada vez mais relevância no panorama nacional.
Produção de Etanol de milho de Mato Grosso tende a seguir um cenário positivo nos próximos e pode ganhar cada vez mais relevância no panorama nacional. A expectativa foi apresentada durante à 5ª edição do Visão Agro, estudo conduzido pelo time de Consultoria Agro do Itaú BBA, com o objetivo de oferecer um panorama do agronegócio para o ano safra 2024/25, com um olhar particular para os principais elos dentro de cada cadeia produtiva.
De acordo com o analista da Consultoria Agro do Itaú BBA, Lucas Brunetti, os panoramas apontam um cenário positivo para o Estado, com aumento na produção e investimentos da indústria. O Itaú BBA projeta a produção brasileira de etanol de milho em 7,5 Bi na safra 2024/25, o que corresponde a um aumento de 19% sobre a safra 2023/24 (6,3 Bi de litros).
“A gente vê grandes projetos do Etanol de milho em Mato Grosso, é um etanol baseado muito mais no grão do que na cana. Esses projetos vieram para ficar, a indústria está ganhando espaço. Não vejo Mato Grosso passando de São Paulo nesse primeiro momento, mas acredito que vá se consolidar nos próximos anos como maior produtor. A tendência é retilínea”, destacou à reportagem, durante o evento realizado na quarta-feira (7), em São Paulo.
Mato Grosso se tornou o segundo maior produtor de etanol do país, após ultrapassar Goiás. O Estado, que só se mantém atrás de São Paulo na geração de biocombustíveis, se consolida na liderança na produção do etanol de milho.
Atualmente o Brasil possui 21 usinas de etanol que utilizam o milho como matéria-prima, quase todas localizadas na região Centro-Oeste, sendo 11 plantas no Mato Grosso, 6 em Goiás, 2 no Mato Grosso do Sul, 1 no Paraná e 1 em São Paulo.
Dessas 21 unidades, 11 são exclusivamente de milho (full), enquanto as demais produzem etanol de cana-de-açúcar e de milho, denominadas usinas flex. As usinas flex processam a cana durante o período de safra e alternam para o milho na entressafra da cana, acabando com a ociosidade da fábrica.
O aumento da participação do etanol de milho, bem como a localização das plantas de processamento, é resultado da expansão da produção brasileira do cereal, sobretudo na região Centro-Oeste do Brasil.
“O aumento da capacidade de produção de etanol utilizando o milho faz com que o consumo da matéria-prima para essa finalidade siga crescendo ininterruptamente no país. Na safra 2023/24, estimamos um consumo de 13,8 MM t de milho para a produção de etanol, enquanto para a safra 2024/25, esse volume deve crescer para aproximadamente 17,3 MM t”, cita o relatório da instituição.