Fávaro fala em manter régua alta nas questões sanitárias e promete legado para o agro brasileiro
Ontem, Mapa declarou fim do estado de emergência zoossanitária por Doença de Newcastle no RS
Após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) declarar o fim do estado de emergência zoossanitária no estado do Rio Grande do Sul em decorrência da doença de Newcastle, o ministro Carlos Fávaro cobrou atenção. Além disso, prometeu deixar um legado para o agro brasileiro.
Durante o Salão Internacional de Proteína Animal (Siavs), em São Paulo, ele exaltou a sanidade animal e os cuidados que o Brasil tem para evitar riscos
“É muito importante que a gente mantenha a nossa régua alta nas questões sanitárias. É isso que nos garante esses recordes de abertura de mercado. A gente tem que tirar o temor do comprador quanto a questão sanitária, mostrando nossa eficiência e transparência nas soluções, como no caso da doença de Newcastle que em menos de um mês tivemos a resolução do foco”, destacou.
Ele ainda a ressaltou a organização do segmento e a parceria do estado brasileiro com entidades como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) para a rápida solução do caso.
“Faz pouco mais de 20 dias que identificamos essa situação e ela está resolvida”, disse. “Isso mostra a importância da organização e a estrutura que temos na cadeia de proteína animal”, completou, ressaltando também a transparência durante todo o processo.
Fávaro reiterou que quer deixar como legado uma agricultura contemporânea, conectada ao meio ambiente.
“O compromisso com o meio ambiente tem que ser um compromisso de todos nós. Quero deixar como legado um ministério que seja contemporâneo, que fez coisas à frente do seu tempo, que modernizou o trabalho, que deu ao Mapa a oportunidade de trazer mais agilidade ao produtor, a agroindústria, a quem se serve deste Ministério”, disse.
Recorde histórico de exportação de carne suína em julho
No Salão Internacional de Proteína Animal, a suinocultura brasileira anunciou recorde de exportação de carne suína para o mês de julho: mais de 120 mil toneladas.
O setor também elogiou a Lei 14.515, de 2022, que instituiu o autocontrole em estabelecimentos que produzem alimentos e a recente regulamentação para os setores de produtos de origem animal, comestíveis e não comestíveis, e de produtos destinados à alimentação animal.
Doença de Newcastle
O foco de Doença de Newcastle no Brasil foi confirmado em 17 de julho em um estabelecimento de avicultura comercial de corte, localizado no município gaúcho de Anta Gorda, no Vale do Taquari.
O fim do estado de emergência sanitária, que vale por 60 dias, não significa o retorno total de exportações de produtos avícolas do Brasil para todos os mercados.
Isto porque, considerando a manutenção das condições de vigilância epidemiológica mantidas em campo, o Mapa restringe, apenas à região ao redor de 10 km do foco da doença, a exportação de produtos avícolas e seu material genético.
O governo brasileiro aguarda agora a retirada da suspensão, por parte dos países importadores, para retomada total das exportações de carnes de aves e seus produtos.
Por redação | Agrofy News