Conab projeta quebra de 20,54 milhões de toneladas nesta safra

Publicado no dia 11/07/2024 às 16h54min
Apesar disso, a produção ainda posiciona este ciclo como o segundo maior já colhido no Brasil

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou hoje (dia 11) que a produção de grãos no ciclo 2023/2024 está estimada em 299,27 milhões de toneladas.

O volume é 6,4% menor do que o obtido na temporada anterior, o que representa menos 20,54 milhões de toneladas a serem colhidas.

Segundo a Conab, apesar da quebra, a produção ainda posiciona esta safra como a segunda maior já colhida no país.

De acordo com a estimativa divulgada no 10º levantamento de grãos do órgão, a pesquisa de campo indica uma variação positiva de 0,6% ou 1,72 milhão de toneladas em relação à pesquisa do mês anterior.

O motivo foi o avanço da colheita das principais culturas, indicando recuperação na produção, sobretudo no milho segunda safra, gergelim e arroz. Por outro lado, houve redução no milho primeira safra, feijão, trigo, algodão e soja.

A quebra observada em relação ao ciclo passado, de acordo com o levantamento, deve-se sobretudo à intensidade do fenômeno El Niño, que nesta safra teve influência negativa no comportamento climático desde o início do plantio, chegando inclusive às fases de reprodução das lavouras de primeira safra plantadas até o final de outubro, nas principais regiões produtoras do país.


Soja: redução de 4,7%
Com relação à soja, a estimativa de produção é de 147,34 milhões de toneladas, uma redução de 4,7% ou 7,27 milhões de toneladas sobre a safra anterior, com a colheita finalizada.

Nesse resultado, destacam-se os estados de Mato Grosso, maior produtor de soja do país, com 39,34 milhões de toneladas, e Bahia, com a maior produtividade, com 3.780 kg/há”, explica a Conab.

Milho
Já o milho tem produção estimada em 115,86 milhões de toneladas, incluindo as três safras. O volume é 12,2% ou 16,03 milhões de toneladas abaixo da safra 2022/23.

O levantamento desta cultura mostra, no entanto, que as condições climáticas vêm favorecendo, com a maioria das lavouras em estágio de desenvolvimento vegetativo e fase reprodutiva.

A área cultivada total no país, com os produtos analisados, apresenta acréscimo de 1,5%, o que corresponde a 1,21 milhão de hectares a mais em relação à safra passada. Os maiores crescimentos são observados na soja, com 1,94 milhão de hectares, seguido do gergelim, algodão, sorgo, feijão e arroz.

Já o milho total teve redução de 1,41 milhão de hectares, acompanhado pelo trigo e as demais culturas de inverno.

Culturas de inverno
As culturas de inverno, que incluem trigo, aveia, canola, centeio, cevada e triticale, estão com o plantio em andamento.

Especificamente para o trigo, as estimativas preliminares indicam uma produção de 8,96 milhões de toneladas, em uma área de 3,07 milhões de hectares.

Mercado
Sobre as movimentações do mercado agrícola, destaca-se o comportamento das cotações de arroz, que têm operado próximo da estabilidade de preços ao produtor no Rio Grande do Sul, sendo o atual patamar de comercialização muito rentável para o produtor que colheu sem influência negativa das enchentes no estado.

Ademais, destaca-se a projeção de mercado ajustado entre a oferta e demanda de arroz, o que corrobora a perspectiva de preços remuneradores ao longo de todo o ano de 2024 e, em meio a este cenário previsto, a expectativa é de acentuada expansão de área do grão em todo o país.

Para o mercado de milho, a recente valorização do Dólar em relação ao Real tem refletido em viés de alta dos preços internos no Brasil, mesmo diante do cenário de queda das cotações nos EUA, após o anúncio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) do levantamento de área plantada de milho superior à intenção de plantio, previamente publicada por esse departamento americano.

Sobre a soja, ilustra-se a intensa correlação das cotações nacionais e internacionais, em meio ao grande volume da safra brasileira que é direcionada às exportações.

Com a expectativa de mercado menos rentável para o produtor norte-americano, a área plantada de soja nos EUA ficou abaixo da previsão inicial do USDA e do mercado, porém, apesar da redução, a

Feijão
Para o feijão, a previsão da temporada 2023/24 é de um volume médio de cerca de 3,3 milhões de toneladas, 7,6% acima da safra anterior. O resultado é a soma da produção da primeira e segunda safras, apuradas no levantamento de campo realizado em junho de 2024, mais as previsões para a terceira safra.

Partindo-se de um estoque inicial de 325 mil toneladas, o consumo em 2,85 milhões de toneladas, as importações em 50 mil toneladas e as exportações de 150 mil toneladas, o resultado será um estoque de passagem na ordem de 642,6 mil toneladas de feijão, volume que deverá contribuir para a manutenção da normalidade do abastecimento interno.

redação com informações da Conab | Agrofy News

Fonte: Agrofy News

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