Feijão: Compradores deixam o Paraná
Essa mudança de dinâmica no mercado é significativa
No atual cenário, o feijão-carioca está sendo comercializado a R$ 320 por saca - Foto: Ibrafe
As informações do Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe) mostram que, no Paraná, o feijão-carioca 7,5/8 apresenta uma variação de preço entre R$ 230 e R$ 260 por saca de 60 quilos. Pequenos volumes, variando de 200 a 300 sacos, estão sendo negociados entre produtores e cerealistas por valores significativamente mais baixos, pois não formam lotes maiores. A cada dia, há menos compradores de outros estados na região, que estão migrando para o Centro-Oeste e Sudeste.
No atual cenário, o feijão-carioca está sendo comercializado a R$ 320 por saca de 60 quilos em Goiás e Minas Gerais. Estes valores foram a referência de ontem para o produto recém-colhido. Em Goiás, os primeiros compradores são locais, por isso pagam o mesmo valor de Minas Gerais, onde ambos os estados não têm ICMS.
Essa mudança de dinâmica no mercado é significativa. Produtores e compradores devem estar atentos, pois as movimentações podem impactar diretamente os preços e as estratégias de negociação. No Paraná, a diminuição do interesse de compradores de outros estados pode levar a uma pressão adicional nos preços, especialmente para os pequenos produtores que já estão negociando por valores inferiores.
Enquanto isso, em Goiás e Minas Gerais, a ausência de ICMS proporciona uma vantagem competitiva para os compradores locais, incentivando uma maior demanda interna. Esses estados podem se tornar os novos polos de comercialização do feijão-carioca, atraindo produtores que buscam melhores condições de mercado.
O Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe) recomenda que todos os envolvidos no mercado de feijão acompanhem de perto essas mudanças. Manter-se informado é crucial para tomar decisões estratégicas e aproveitar as melhores oportunidades de venda e compra. O mercado de feijão está em constante transformação e aqueles que se adaptarem rapidamente às novas tendências poderão se beneficiar mais.
AGROLINK - Leonardo Gottems
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