Por que os Estados Unidos querem comprar óleo de cozinha usado do Brasil?

Publicado no dia 21/06/2024 às 15h39min
Ministério da Agricultura e Pecuária informou nesta semana a abertura do mercado norte-americano

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou nesta semana que o Brasil conquistou o mercado dos Estados Unidos para a comercialização de óleo de cozinha usado (“Used Cooking Oil” - UCO).

O anúncio foi feito após o governo norte-americano aceitar o certificado sanitário internacional vegetal para que a transação comercial possa ocorrer.

Mas afinal, por que americanos querem comprar óleo de cozinha usado por brasileiros

O UCO, resíduo de óleos e gorduras vegetais usados em cozinhas e frituras na indústria alimentícia, é aproveitado como matéria-prima para biocombustíveis, incluindo biodiesel e combustível de aviação sustentável.

O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV) do Ministério da Agricultura e Pecuária para atender às exigências dos EUA, terá que emitir certificação de rastreabilidade, identidade e origem do produto, baseada em auditorias dos procedimentos de autocontrole dos estabelecimentos armazenadores e exportadores.

Os biocombustíveis, como biodiesel e combustível de aviação sustentável, valorizam o UCO como matéria-prima.

Dados da Oil World apontam que o Brasil produz 9 bilhões de litros de óleos vegetais por ano. Desse volume produzido, um terço vai para óleos comestíveis, o que resulta em uma produção de 3 bilhões de litros por ano no país

Oportunidade de mercado
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil, em comunicado, a exportação de UCO do Brasil para os Estados Unidos representa significativa oportunidade de mercado, impulsionada pela crescente demanda norte-americana por biocombustíveis.

Em 2023, os EUA importaram aproximadamente 1,4 milhão de toneladas métricas de UCO, quantidade suficiente para produzir 2,27 bilhões de litros de biocombustíveis. O volume representou importação total de cerca de US$ 1,66 bilhão.

Os principais fornecedores de UCO para os EUA foram China, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e Chile.

Esta é a segunda abertura dos EUA para produtos agrícolas brasileiros este ano, após autorização concedida em janeiro para a exportação de gelatina e colágeno de origem animal.

No ano passado, as vendas de produtos do agronegócio do Brasil para o país ultrapassaram US$ 9,82 bilhões. Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil.

Com a nova abertura, o agronegócio brasileiro alcançou sua 146ª expansão comercial em 51 países desde o ano passado. Em 2024, foram abertos 68 novos mercados em 29 países.

Por redação | Agrofy News

Fonte: Agrofy News

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