Consultoria analisa panorama de soja e milho

Publicado no dia 05/06/2024 às 16h18min
Para o milho, o USDA projetou uma oferta total de 429,5 milhões de toneladas

As chuvas recentes eliminaram quase todas as áreas de seca ou estiagem nos EUA - Foto: Canva

A Hedgepoint Global Markets destacou, em seu relatório, a importância das últimas semanas para as safras de soja e milho nos EUA. Segundo Ignacio Espinola, analista de Inteligência de Mercado da Hedgepoint, o clima continua sendo um fator crucial para o mercado. Além disso, a China está começando a ter um papel significativo no mercado físico, o que promete manter o mercado ativo em junho.

Segundo Ignacio Espinola, o Real desvalorizado e os altos preços futuros da soja na CBOT diminuíram a competitividade dos EUA em relação ao Brasil. A China tem aumentado suas compras de produtos brasileiros e reduzido as compras dos EUA, o que deve levar Chicago a ajustar os preços. 

Para o milho, o USDA projetou uma oferta total de 429,5 milhões de toneladas, com níveis de exportação, consumo doméstico e ração quase inalterados, e estoques finais similares aos da safra anterior. Ignacio Espinola destaca que a atenção agora se volta para a América do Sul, onde problemas climáticos geram incertezas sobre as safras na Argentina e no Brasil.

“Esse cenário estável contrasta com o cenário da soja, em que o USDA está esperando uma oferta total 8% maior, com um aumento de 5% na demanda total e um aumento nos estoques finais, o que indica que haverá bastante soja para o mercado usar e, portanto, não devemos nos surpreender se virmos muitas operações do lado baixista do mercado depois desses últimos números”, comenta.

As chuvas recentes eliminaram quase todas as áreas de seca ou estiagem nos EUA. No entanto, prevê-se que a maioria dos estados produtores terá chuvas abaixo da média e um verão mais quente, o que pode facilitar o plantio, mas secar o solo durante o desenvolvimento das culturas.

Em resumo, o USDA apresenta expectativas estáveis para a soja, alinhadas com o mercado. Para o milho, os números do USDA parecem otimistas e possivelmente superestimados. Nos EUA, o clima não deve causar grandes problemas, mas é importante monitorar o clima na América do Sul, onde inundações podem afetar a produtividade e a qualidade das safras.

AGROLINK - Leonardo Gottems
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Fonte: Agrolink

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