Ciclone traz chuvas e muito frio na semana

Publicado no dia 27/05/2024 às 11h29min
Formação do ciclone deve dar origem à uma frente fria e impulsionar o ar frio

Após o avanço das chuvas, a massa de ar polar deve derrubar as temperaturas no centro-oeste e sudeste. - Foto: Pexels
Ao longo desta semana, a formação de um ciclone na costa do Brasil trará mudanças significativas nas condições climáticas em diversas regiões. No Sul, a previsão é de chuvas intensas, especialmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde são esperadas tempestades e ventos fortes. 

No Brasil Central e na região do MATOPIBA, o tempo seco continuará predominando, com poucas chances de precipitação. Estados como Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia e parte do Pará deverão enfrentar mais uma semana com baixos índices de umidade relativa do ar, aumentando o risco de incêndios.

As temperaturas entram em declínio acentuado em várias partes do país devido à entrada de uma massa de ar frio. No Sudeste, estados como São Paulo e Minas Gerais sentirão a diminuição dos termômetros, especialmente durante as madrugadas. Essa queda trará alívio temporário às altas temperaturas que têm sido registradas nas últimas semanas.

Enquanto isso, no extremo norte do país, as chuvas volumosas continuarão a ser uma constante. Roraima, Amapá e o norte do Amazonas estão sob a influência da zona de convergência intertropical, que trará chuvas fortes e contínuas. 

Por fim, no Sudeste e Centro-Oeste, a chegada dessa nova frente fria trará alívio para o calor intenso e a seca. As chuvas esperadas deverão amenizar as condições secas e trazer uma trégua ao calor, especialmente em estados como Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais. 

 
No Agro
Na próxima semana, o Sul do Brasil enfrentará chuvas intensas e ventos fortes, afetando negativamente o milho safrinha em desenvolvimento vegetativo e floração, além do plantio de trigo, que pode ser prejudicado pelo encharcamento do solo. A colheita de soja também poderá enfrentar dificuldades logísticas devido à alta umidade.

No Sudeste, a queda de temperatura e chuvas moderadas beneficiarão o milho safrinha, trigo, sorgo, mas poderão dificultar a colheita do milho. A possibilidade de chuvas em áreas de café, pode dificultar a secagem dos grãos. Por outro lado, o tempo segue seco na maioria das áreas de algodão, favorecendo a maturação e início da colheita.

No Centro-Oeste, a seca continua preocupante para o milho safrinha e soja em Goiás e Mato Grosso, com chuvas moderadas em Mato Grosso do Sul aliviando o estresse hídrico.

No Nordeste, a seca pode prejudicar o milho e feijão 2ª safra, enquanto no Norte, chuvas intensas beneficiam o arroz em enchimento de grãos, mas podem prejudicar a colheita.

 

VEJA O MAPA E AS TABELAS DE PREVISÃO


 

Sul 
A região Sul do Brasil deve enfrentar condições de tempo intenso devido à formação de um ciclone extratropical. No Rio Grande do Sul, espera-se chuvas volumosas, especialmente na metade sul do estado, com cidades como Santa Vitória do Palmar e Chuí registrando acumulados significativos, acima dos 100 mm na média das projeções. Em Santa Catarina, as precipitações deverão ser mais intensas no sul do estado, possivelmente recebendo até 70 mm. No Paraná, a área de Curitiba também poderá experimentar chuvas intensas, embora menos volumosas que no sul gaúcho.

As temperaturas na região Sul devem cair significativamente ao longo da semana. Há previsão de temperaturas próximas de zero graus nas áreas altas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, como os Campos de Cima da Serra e a Serra Catarinense. No Paraná, especialmente no sul do estado, as mínimas poderão ficar em torno de 5°C. Mesmo nas áreas mais ao norte, espera-se uma queda acentuada, embora com menor intensidade.

O ciclone extratropical também trará ventos fortes, especialmente na terça-feira, com rajadas que podem ultrapassar 100 km/h em áreas elevadas e próximas ao litoral, como a Lagoa dos Patos e a costa sul catarinense.

 

Sudeste  
Na região Sudeste, a semana também será influenciada pela formação de um ciclone na costa sul do Brasil, trazendo um aumento de instabilidade e precipitações significativas. Em São Paulo, especialmente no litoral, há probabilidade de chuvas intensas, com a região de Registro podendo receber até 45 mm de chuva. O fluxo de umidade também afetará o Rio de Janeiro, com tempo predominantemente nublado. Em Minas Gerais, a região sul, incluindo Pouso Alegre, poderá ter até 30 mm de precipitação.

No Espírito Santo, a influência do ciclone será menos pronunciada, mas ainda há chances de pancadas isoladas, especialmente na região norte, como em Linhares, onde são esperados até 40 mm. A formação do ciclone no sul trará rajadas de vento significativas, podendo alcançar até 60 km/h no litoral de São Paulo e Rio de Janeiro.

As temperaturas deverão sofrer uma queda acentuada devido ao ar frio impulsionado pelo ciclone. Em São Paulo e Minas Gerais, as temperaturas mínimas nas regiões montanhosas podem alcançar 10 a 12°C, enquanto as máximas podem ficar abaixo dos 25°C. No Rio de Janeiro e Espírito Santo, as mínimas devem ficar em torno de 15°C, com máximas de até 28°C. A combinação de chuvas e temperaturas mais baixas trará um alívio ao calor intenso.

Entretanto, áreas do Noroeste Paulista, Triângulo e Oeste Mineiro, devem seguir com uma sequência de temperaturas mais elevadas, e baixíssimos índices de umidade do ar.

 

Centro-Oeste 
A previsão do tempo para a região Centro-Oeste do Brasil indica a manutenção de tempo seco na maior parte da região, com possibilidade de chuvas no sul do Mato Grosso do Sul. A área de Dourados e arredores poderá registrar precipitações, com acumulados variando entre 10 e 20 mm. Essa condição de instabilidade deve ocorrer principalmente no início da semana, devido à influência do ramo de instabilidades associados ao ciclone em formação no sul do país..

A presença de nebulosidade no sudoeste de Mato Grosso do Sul contribuirá para uma leve queda nas temperaturas máximas, amenizando o calor intenso. Em Campo Grande, as máximas podem ficar em torno de 28°C a 30°C, enquanto as mínimas giram em torno de 18°C. Em contraste, o restante da região, como o nordeste de Mato Grosso e o norte de Goiás, deverá seguir com tempo seco e temperaturas elevadas, alcançando máximas de até 35°C, devido à persistência de uma massa de ar seco. Condição que tamb?e deve resultar em baixíssimos índices de umidade relativa do ar, com previsão de valores abaixo dos 20% nos momentos mais críticos.

 

Nordeste  
Nesta semana, a região Nordeste deverá apresentar predominantemente condições de tempo seco no interior, com grande amplitude térmica, especialmente no oeste da Bahia, sul do Piauí e sul do Maranhão. As manhãs tendem a começar frias, com temperaturas em torno de 15°C, enquanto as tardes devem ser quentes, ultrapassando os 30°C. A umidade relativa do ar provavelmente será baixa durante as tardes, contribuindo para a sensação de calor.

No entanto, há possibilidade de chuvas na faixa litorânea do Nordeste. As precipitações poderão ocorrer em cidades como Salvador, Recife, Fortaleza e São Luís, com possibilidade de acumulados acima dos 100 mm no decorrer do período. A probabilidade de chuva aumenta durante as tardes e noites, mas os volumes não devem ser muito altos. Mesmo assim, algumas áreas costeiras poderão registrar acumulados significativos, especialmente em períodos de maior instabilidade atmosférica.

 

Norte   
A previsão indica uma condição de tempo seco predominando no sul da região, particularmente em áreas como o sul do Amazonas,  sul do Pará e Tocantins. Além do tempo firme, essas áreas podem registrar baixos índices de umidade ao longo das tardes, com pouca ou nenhuma precipitação esperada nos próximos dias. As temperaturas podem variar bastante, com manhãs frescas e tardes mais quentes, contribuindo para a sensação de clima seco.

Por outro lado, na metade norte da região, a previsão aponta para chuvas volumosas, especialmente em estados como Roraima, Amapá, norte do Amazonas e norte do Pará. As projeções indicam volumes superiores aos 200 mm, com possibilidade de chuvas persistentes e intensas.

AGROLINK - Gabriel Rodrigues
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Fonte: Agrolink