276 anos: Estado de MT se tornará polo da agroindustrialização em décadas, afirma historiador
Conhecido como "celeiro do agronegóci no Brasil por sua alta produtividade, Mato Grosso completou 276 anos nesta quinta-feira (9).
Conhecido como “celeiro do agronegócio” no Brasil por sua alta produtividade, Mato Grosso completou 276 anos nesta quinta-feira (9). Mas e como será o estado daqui a 100 anos, levando em consideração o setor produtivo que movimenta a economia do Estado?
Para o historiador Suelme Fernandes, o estado deve se tornar o maior polo da agroindústria, não só do Brasil, mas como do mundo. “Daqui a 100 anos, Mato Grosso vai ser o maior polo da agroindústria do Planeta Terra. Isso já está acontecendo. Ainda falta isso pra gente, mas no futuro, pela velocidade que nós estamos, vamos sair do setor primário e entrar para agroindustrialização”, disse a imprensa.
O processo citado pelo estudioso consiste na transformação das matérias-primas produzidas no agronegócio em uma variedade de produtos direcionados ao consumidor final. A expansão do setor agrícola já era uma conspiração desde que os colonizadores chegaram a Mato Grosso.
A história é grande, mas em resumo, o que hoje se conhece como Mato Grosso já foi território espanhol. As primeiras excursões feitas no estado ocorreram em 1525, quando Pedro Aleixo Garcia vai em direção à Bolívia, seguindo as águas dos rios Paraná e Paraguai.
Posteriormente, portugueses e espanhóis são atraídos à região graças aos rumores de que havia muita riqueza nestas terras ainda não exploradas devidamente. Também vieram jesuítas espanhóis que construíram missões entre os rios Paraná e Paraguai para evangelizar os povos originários. Desde então a exploração de minas de ouro, produção agrícola, pecuária cresceram e se modernizaram, dando espaço ao que a região é hoje. Apesar de todos os avanços e do agronegócio pujante, essa industrialização da produção ainda falta.
Passados séculos, em 1977 foi concretizada a separação do sul de Mato Grosso do restante do estado, assim surgindo Mato Grosso do Sul, que gera confusão até hoje quanto as suas capitais, instalado em 1° de janeiro de 1979. A decisão partiu do governo federal e teve como motivos dificuldades administrativas devido ao tamanho do estado e diferenças naturais e econômicas entre o norte e o sul.
“Já havia uma intenção de colonização voltada para a produção agropastoril. A própria Dona Maria 1ª foi a primeira determinar a criação de gado real na região de Cáceres para abastecer a capitania e as demais do Brasil… O governo de Portugal já vinha expandido nossa fronteira pensando em ser uma grande área de pecuária. Tanto é que são os portugueses que vão desenvolver a primeira atividade econômica de Mato Grosso com a criação de rebanhos”, destaca Suelme.
Equilíbrio
Para o governador, Mauro Mendes (União), a história do Estado reflete a “potência” com que o agronegócio se transformou na atualidade. O gestor também destacou a necessidade de manter um ponto de equilíbrio entre a produção e a preservação do meio ambiente para que o setor produtivo continue evoluindo, principalmente nos próximos 100 anos.
“Mato Grosso tem registrado vários acontecimentos importantes ao longo da história. Mas falaria aqui das últimas décadas. O Estado é hoje o líder do agronegócio do nosso país, setor extremamente importante para a economia do planeta. A segurança alimentar é algo fundamental para a existência humana ao passo que o mundo vive muitas incertezas das seguranças climáticas. Segurança ambiental e segurança alimentar são dois valores fundamentais e nesses dois quesitos, Mato Grosso é uma potência”, disse.