Entenda por que SC vai investir R$ 3,2 milhões para impulsionar o cultivo de cereais de inverno
Estado precisa aumentar a produção de trigo, triticale e cevada
O governo de Santa Catarina projeta aportar o valor de R$ 3,2 milhões para incentivar a produção de trigo, triticale e cevada no estado. O montante é 60% superior ao de 2023.
O objetivo é aumentar a produção dessas culturas como uma estratégia para abastecer as cadeias produtivas de aves e suínos, reduzindo a dependência de Santa Catarina pelas importações de milho para alimentação animal.
Segundo o governo estadual, os recursos serão destinados para o Programa de Incentivo ao Cultivo de Cereais de Inverno, da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR).
Necessidade da cadeia
Santa Catarina conta com uma cadeia produtiva de proteína animal significativa e em constante crescimento. Segundo estudo da Epagri, para atender essa produção o estado necessita anualmente em torno de 8 milhões de toneladas de milho para a fabricação de ração.
Na safra 2022/2023, a produção de milho em SC foi de aproximadamente três milhões de toneladas, segundo dados disponíveis no Observatório Agro Catarinense. O déficit na relação de produção e consumo é de 5 milhões de toneladas, que precisam ser importadas de outros estados e países vizinhos para abastecer a cadeia produtiva catarinense.
Segundo o secretário de Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto, além de reduzir custos e melhorar a competitividade da pecuária, o cultivo de cereais de inverno é uma alternativa de renda adicional para as famílias rurais.
“Isto porque aproveita áreas que não estavam sendo usadas no inverno e proporciona outros benefícios, como a rotação de culturas. As áreas cultivadas com cereais de inverno mantêm o solo protegido e geram receita para as famílias”, explica.
Segundo o diretor de Cooperativismo e Desenvolvimento Rural, Léo Kroth, as culturas produzidas no inverno são consideradas excelentes alternativas para suprir a escassez de milho usado para a produção de ração animal.
“Segundo pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Trigo (RS) e Embrapa Suínos e Aves (SC), esses cereais são opções viáveis para substituir o milho na formulação de rações e concentrados para alimentar suínos e aves”, enfatiza.
Por redação com informações da assessoria de imprensa | Agrofy News