Primeira quinzena de abril chuvosa no Norte e Nordeste

Publicado no dia 01/04/2024 às 15h40min
El Niño e Oscilação Madden-Julian favorecem um começo de abril chuvoso

El Niño e fenômenos climáticos trazem chuvas para o Centro-Norte, mas atenção no Centro-Sul - Foto: Divulgação

À medida que abril começa, é possível observar um cenário climático influenciado por dois fenômenos principais: o El Niño e a Oscilação Madden-Julian. Esses fenômenos vão afetar as condições de chuva nas principais regiões produtoras do país. O El Niño, embora em fase de enfraquecimento, ainda influencia as condições atmosféricas no Brasil, particularmente nas regiões Norte e Nordeste, promovendo condições de chuvas acima da média. 


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Além do El Niño, a Oscilação Madden-Julian, um pulso de instabilidades, está em sua fase favorável às chuvas, reforçando as condições de chuvas tanto no Norte e Nordeste, quanto em áreas do Centro-Oeste.

Já no centro-sul do país, as chuvas serão menos frequentes e mais irregulares, condição que pode ser acompanhada por temperaturas acima da média para o período, aumentando a demanda hídrica das lavouras em campo.

Veja a previsão por região e o mapa de chuvas

 

Chuva acumulada entre 01 a 15 de Abril.
Fonte: NOAA. Elaboração: Agrotempo

Região Sul
A previsão indica um período mais delicado na região em relação às chuvas mais escassas. As  frente frias não terão força o suficiente para avançar na região, resultando em poucos episódios de chuvas ao longo do período. Ainda assim são esperados volumes expressivos sobre o estado de Santa Catarina e nordeste do Rio Grande do Sul, com volumes que podem superar os 200 mm ao longo desses próximos 15 dias. Por outro lado, o noroeste do Paraná deve enfrentar um período com chuvas inferiores aos 15 mm, condição que deve ser acompanhada por temperaturas acima da média para o período, resultando em uma maior demanda hídrica das lavouras. Este cenário deve influenciar no desenvolvimento do milho safrinha que avança pela floração neste período. 

Região Sudeste
A expectativa é de chuvas muito irregulares na região, sobretudo em áreas de São Paulo, Triângulo e Sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Já na faixa norte de Minas, a projeção do NOAA indica condições de chuvas acima dos 25 mm no decorrer do período, o que deve fornecer um bom suprimento de umidade no solo para as lavouras de milho, feijão e algodão da região. Por outro lado, é essencial monitorar os cultivos de trigo e sorgo que estão avançando no plantio nas próximas semanas, especialmente devido à baixa disponibilidade de umidade em algumas regiões produtoras. Além disso, merece atenção na região a questão das temperaturas, que devem apresentar-se acima da média durante o período, aumentando a taxa de evaporação da umidade do solo e das plantas.

Região Centro-Oeste
As chuvas no centro-norte da região devem ser fortemente influenciadas pelas instabilidades que atuam na região norte do país, mantendo as condições de chuvas volumosas ao norte de Mato Grosso e toda a metade norte de Goiás. Com possibilidade de acumulados acima dos 300 mm em áreas do extremo norte do estado goiano. Em contrapartida, o cenário é de atenção e preocupação no sul do Mato Grosso do Sul, onde os volumes previstos são inferiores aos 15mm, colocando em cheque as condições hídricas para o início do plantio do trigo e o desenvolvimento do milho safrinha na região. Além das chuvas mais irregulares, as temperaturas devem permanecer acima da média durante todo o período nesta parcela mais sul da região centro-oeste. 

Região Nordeste
A previsão indica um padrão de chuvas volumosas na região, com destaque para áreas do Maranhão, Piauí, oeste e sul da Bahia, sul do Ceará, oeste da Paraíba e Rio Grande do Norte. Na faixa norte, as instabilidades serão favorecidas pela atuação da ZCIT, que ainda deve dar as caras na região nesta primeira metade do mês. Por outro lado, setores do SEALBA, devem ter um período com menor ocorrência de chuvas, o que está alinhado com o período do ano. No campo, as lavouras de algodão, feijão segunda safra  e milho safrinha serão beneficiadas pela maior ocorrência de chuvas. Contudo o monitoramento fitossanitário deve ser reforçado devido à maior quantidade de umidade. Já as lavouras do leste da região, especialmente milho e feijão, devem enfrentar necessidades hídricas. 

Região Norte
Grande parte das chuvas serão provocadas pelo fator termodinâmico – combinação entre o calor e umidade – resultando em trovoadas de forma isolada e passageira. Isso deve se somar com as instabilidades tropicais já presentes na região. Desta forma, os maiores acumulados devem ocorrer sobre o estado do Amazonas, Pará e Tocantins. Com destaque para o Tocantins, onde a projeção do NOAA indica pontuais acima dos 300 mm no decorrer do período. Por outro lado, o extremo norte de Roraima deve ter um quadro de chuvas muito escassas. Já nas demais regiões são esperados acumulados entre os 50 e 150 mm, com chuvas mais irregulares sobre o estado de Rondônia.

AGROLINK - Gabriel Rodrigues

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Fonte: Agrolink

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