Qual o número de abates de animais por ano no Brasil?

Publicado no dia 14/03/2024 às 15h40min
Volume aumentou para bovinos, suínos e frango em 2023

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os números da pecuária brasileira em 2023 com aumento do número de abate de bovinos, suínos e frangos.

O consumo de proteína animal é fundamental para o ser humano, segundo a própria FAO (Organização para Alimentos e Agricultura das Nações Unidas), representa um dos principais setores da economia brasileira e mundial.

O Brasil, inclusive, é um dos principais produtores e exportadores de proteína animal com destaque para bovinos, frango e suínos, além da produção de significativa pescados, ovos e leite.  

Afinal, quantos animais são abatidos por ano no Brasil?
Segundo os dados do IBGE, o país abateu 34,06 milhões de cabeças de bovinos em 2023, com alta de 13,7% frente ao ano anterior, dando sequência à tendência de crescimento verificada em 2022.

Quanto ao abate de frangos, no acumulado de 2023, foram abatidas 6,28 bilhões de cabeças, um aumento de 2,8% em relação ao ano de 2022 e o melhor resultado da série histórica iniciada em 1997.

Em relação aos suínos, em 2023 foram abatidos 57,17 milhões de cabeças, novo recorde da pesquisa, com alta de 1,3% (+707,33 mil cabeças) em relação a 2022.

Abates de animais no Brasil:
1-   
Frango – 6,28 bilhões de cabeças
2-   
Suínos – 57,17 milhões de cabeças
3-   
Bovinos – 34,06 milhões de cabeças
Outro produto da pecuária, o leite, também teve aumento. A aquisição de leite cru acumulada em 2023 foi de 24,52 bilhões de litros, um acréscimo de 2,5% frente a 2022, retomando o crescimento após dois anos de quedas consecutivas.

A produção de ovos de galinha em 2023 foi de 4,21 bilhões de dúzias, alcançando mais uma vez um recorde na série histórica, com alta de 2,7% frente 2022, quando a produção também foi recorde.

Menos cabeças, mais carne
Em 2023, foram abatidas 34,06 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária, com alta de 13,7% frente ao ano anterior. Esse resultado é o segundo maior da história, abaixo de 2013, mas a produção de carne foi recorde, com 8,95 milhões de toneladas de carcaças.

Em 2023, o abate de fêmeas apresentou alta pelo segundo ano consecutivo, com um incremento de 26,6% em comparação ao ano passado. O aumento da atividade foi acompanhado das exportações recordes de carne bovina in natura (2,01 milhões de toneladas) e pela queda de 19,8% no preço médio da arroba.

O abate de 4,11 milhões de cabeças de bovinos a mais, no comparativo 2023/2022, foi causado por aumentos em 21 das 27 Unidades da Federação.

Mato Grosso continuou liderando o ranking das UFs do abate de bovinos em 2023, com 17,4% da participação nacional, seguido por Goiás (10,4%) e São Paulo (10,1%).

Abate recorde de suínos

Em 2023, foram abatidos 57,17 milhões de cabeças de suínos, representando um aumento de 1,3% em relação a 2022 e um novo recorde para a pesquisa.

Numa comparação mensal entre os anos de 2023 e 2022, janeiro apresentou a maior alta (+333,10 mil cabeças) e somente nos meses de abril, setembro e dezembro, o abate de suínos caiu.

No acumulado de 2023, as exportações de carne suína in natura alcançaram recordes na série histórica da Secex e na comparação mês a mês entre os anos 2023/2022, somente em agosto e em outubro foram registradas quedas.

A conjuntura para o setor produtivo da suinocultura em 2023 mostrou redução dos custos de produção (milho e farelo de soja), consequência da safra recorde de 2023 e da desaceleração do crescimento da oferta.

O abate de 707,33 mil cabeças de suínos a mais em 2023, em relação ao ano anterior, foi impulsionado por aumentos no abate em 9 das 24 Unidades da Federação participantes da pesquisa.

Santa Catarina manteve a liderança no abate de suínos em 2023, com 29,5% do abate nacional, seguido por Paraná (21,2%) e Rio Grande do Sul (17,0%).

Abate recorde de frangos
No acumulado do ano, foram abatidas 6,28 bilhões de cabeças de frango, aumento de 2,8% em relação ao ano de 2022. Esse resultado foi o melhor da série histórica iniciada em 1997.

Em 2023 foi registrado novo recorde de exportações da carne de frango in natura e na comparação mês a mês entre os anos 2023/2022, em todos os meses foram registrados aumentos.

Os preços médios do setor avícola seguiram uma trajetória de queda até julho de 2023 com posterior recuperação até o fim do ano.

Paraná continuou liderando amplamente o ranking das UFs no abate de frangos em 2023, com 34,3% de participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,4%) e logo em seguida por Rio Grande do Sul (12,5%).

Aquisição de leite volta a crescer, após dois anos de recuo
Em 2023, os laticínios que atuam sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária captaram 24,52 bilhões de litros, com aumento de 2,5% frente a 2022.

Os preços competitivos de fornecedores externos, como Argentina e Uruguai, levaram ao aumento das importações para atender à demanda das indústrias.

Este fato, associado ao aumento da produção interna, influenciou na redução do preço pago ao produtor ao longo do ano de 2023. Somou-se a esse cenário uma demanda incipiente dos consumidores pelos derivados lácteos.

Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 23,8% da captação nacional, seguido por Paraná (14,8%) e Santa Catarina (13,1%).

Aquisição de couro aumenta 11,7% em 2023
Em 2023, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 34,40 milhões de peças inteiras de couro cru bovino, com alta de 11,7% frente ao ano anterior. Assim como na pesquisa do abate, o mês de maior variação foi novembro (+23,8%).

No ranking das UFs, Mato Grosso continuou liderando a recepção de peles pelos curtumes em 2023, com 17,1% de participação nacional, seguido por Goiás (13,7%) e Mato Grosso do Sul (12,4%).

Produção de ovos sobe
No ano de 2023, a produção de ovos de galinha foi de 4,21 bilhões de dúzias, um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior. Foi o maior valor já registrado na série histórica da pesquisa, resultando em mais um ano de recorde de produção.

Apesar da retração dos preços médios das carnes ao consumidor final, os ovos ainda constituem uma fonte bastante acessível em termos comparativos. Além disso, o crescimento do setor de frangos para corte influencia diretamente na produção de ovos para incubação, também levantada por esta pesquisa.

O Estado de São Paulo apresentou um incremento de 0,8% em sua produção, se comparada com o ano anterior, e seguiu como responsável pela maior produção dentre as UFs, liderando o ranking anual dos Estados em produção de ovos de galinha, com 26,4% da produção nacional, seguido pelo Paraná (10,3%), Minas Gerais (8,8%) e Espírito Santo (8,0%).

Redação | Agrofy News

Fonte: Agrofy News

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