Produção de soja na América do Sul impulsiona oferta global
Última atualização da Oferta e Demanda da soja mundial revela influência significativa dos países sul-americanos na produção, afetando os mercados globais
Impactos dessas mudanças nas projeções da safra 23/24 têm sido observados nos movimentos de preços - Foto: Dirceu Gassen
O recente boletim semanal do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) informou dados sobre a produção e demanda globais de soja para a safra 2023/2024, conforme divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Segundo o relatório, o USDA revisou para baixo a produção global de soja em 0,34% em comparação ao mês anterior, estimando-a em 396,85 milhões de toneladas. Paralelamente, a demanda foi projetada em 381,90 milhões de toneladas, refletindo um declínio de 0,34% em relação ao período anterior.
Um dos principais destaques dos dados do USDA foi a significativa participação dos países sul-americanos na oferta global, representando 55,96% da produção mundial, totalizando 222,07 milhões de toneladas. Embora o Brasil, o maior produtor da região, tenha enfrentado desafios climáticos na safra 2023/2024, a oferta foi impulsionada pelo aumento nas estimativas de produção do Uruguai, Argentina e Paraguai, com incrementos de 314,29%, 100,00% e 2,49%, respectivamente, em comparação com a safra anterior.
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Essa maior disponibilidade de soja originária da América do Sul tem exercido uma pressão significativa nos preços da commodity em Chicago e, consequentemente, nos mercados internos dos países fornecedores. Os impactos dessas mudanças nas projeções da safra 23/24 têm sido observados nos movimentos de preços e na dinâmica do mercado global de grãos.
AGROLINK - Aline Merladete
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