Você é a favor ou contra a exportação de gado vivo?

Publicado no dia 04/03/2024 às 11h50min
Senado mantém aberta uma consulta pública digital sobre o tema

Daniel Azevedo Duarte
Agrofy News
Editor-chefe do Agrofy News Brasil

O Senado está com uma votação digital aberta sobre o Projeto de Lei que proíbe a exportação de gado vivo para abate no exterior (PL 3.093/2021). Até a manhã de hoje, a maior parte dos votantes (2410 x 2.168) era a favor da proibição.

A prática é comum na pecuária brasileira e, recentemente, inclusive, chamou a atenção internacionalmente por uma situação na África do Sul. Um navio com cerca de 19 mil de animais vindo do Brasil causou mau cheiro no Porto da Cidade do Cabo, suscitando polêmica.

O texto do Senado foi apresentado ainda em 2021 pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa a partir da proposição de uma cidadã em abril de 2018. Ela teria sido motivada pelo afundamento de um navio com 5 mil animais no Pará, que causou a morte dos bovinos e impacto ambiental.

Para se ter ideia, além da África do Sul e Turquia, diversos outros países importam bovinos vivos do Brasil e, recentemente, Rússia, Belarus, Armênia, Cazaquistão e Quirguistão liberaram esse tipo de importação.

Nos últimos cinco anos, esses países que integram a União Econômica Eurasiática (UEEA) importaram mais de US$ 200 milhões por ano em bovinos vivos de outros fornecedores.

No entanto, na última semana, o senador Zequinha Marinho (PSC-PA) discordou da tramitação do projeto, que poderá prejudicar bastante a pecuária brasileira.

Segundo o senador, atividade é relevante para o País, principalmente para o estado do Pará, que ele representa, e para parte do Maranhão, que também exporta gado vivo.

Zequinha esclareceu ainda que tanto os produtores, quanto os transportadores e os comercializadores dessas cargas vivas estão sempre atentos e prezam muito pela qualidade de vida dos animais que são comercializados.

“Esse tratamento envolve várias coisas; não só a questão da sanidade animal, mas também o bem-estar de modo geral, a alimentação, o trato, o cuidado, o manejo sob todos os aspectos”, declarou.

Zequinha ressaltou ainda ser de total interesse dessa cadeia produtiva tratar esse segmento comercial com muita “responsabilidade e competência”, em razão de os exportadores desses animais não se interessarem em "comprar um animal que esteja machucado, maltratado, mal-alimentado, e assim sucessivamente".

“Quem compra o animal vivo o faz porque não quer comprar a carne. E se nós não vendermos, ele vai lá no Uruguai e compra, porque lá também se vende animal vivo”, afirmou. 

Fonte: Agrofy News

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