EUA vê alta para os futuros de soja
Há previsão de recuperação das áreas secas no centro do Brasil
AGROLINK - Leonardo Gottems
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CLima no Brasil segue influenciando - Foto: Leonardo Gottems
Os futuros da soja nos Estados Unidos tiveram um aumento durante as negociações noturnas, influenciados pelas preocupações com o clima no Brasil, principal exportador global de sementes oleaginosas. Desde uma onda de calor em janeiro, as chuvas têm sido imprevisíveis, e a terceira semana de fevereiro foi a mais seca em mais de 30 anos no estado de Buenos Aires, Brasil, conforme dados do WeatherTrends360.
Há previsão de recuperação das áreas secas no centro do Brasil, especialmente em regiões onde o milho é cultivado, de acordo com informações do Commodity Weather Group. Apesar disso, um sistema de tempestades se aproxima do norte do Brasil, o que pode limitar as preocupações com as colheitas na região, conforme indicado por meteorologistas.
Na Argentina, os níveis de umidade são considerados "adequados" para soja e milho, com apenas cerca de 15% das áreas de cultivo no sudeste potencialmente enfrentando condições mais secas, segundo o CWG. No cenário do trigo, os futuros apresentaram movimentos mistos, com investidores avaliando o clima seco nas planícies do sul dos EUA em comparação com a melhoria das condições de colheita no Kansas, maior produtor de variedades de inverno nos EUA.
Alertas de bandeira vermelha foram emitidos para a região, indicando tempo extremamente seco, especialmente no sudoeste do Kansas e nos panhandles de Oklahoma e Texas, onde o trigo vermelho de inverno está em hibernação.
Segundo o relatório do Departamento de Agricultura dos EUA, 57% da colheita de inverno no Kansas estava em boas ou excelentes condições em 25 de fevereiro, um aumento em relação aos 52% registrados no final de janeiro. Os futuros da soja, do milho e do trigo tiveram variações noturnas na Bolsa de Chicago, refletindo a dinâmica do mercado.