Feijão-carioca ganha mais espaço nos pratos
"Ontem, os poucos produtores que possuíam esse tipo de Feijão-carioca podiam escolher compradores"
AGROLINK - Leonardo Gottems
Empacotadores antecipam as compras - Foto: Ibrafe
Em um cenário de oferta reduzida, os empacotadores estão antecipando compras para evitar agitações no final do mês, segundo o Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe). O feijão-preto, mais caro que no ano passado, mantém cotações elevadas, enquanto o feijão-carioca, mais acessível, ganha espaço nas prateleiras.
“Em meio a um cenário de menor volume de produtos à venda, os empacotadores estão antecipando suas compras para evitar a agitação dos últimos dias do mês. O Feijão-preto, cerca de 25% mais caro do que no ano passado, mantém cotações entre R$ 380 e R$ 410. Por outro lado, o Feijão-carioca, mais acessível, ganha espaço nas gôndolas com valores aos produtores ao redor de R$ 350. Assim, a dança dos preços e a lógica das escolhas continuam a moldar nossas refeições”, comenta.
Enquanto isso, os produtores recorrem a métodos eletrônicos e densimétricos para viabilizar a comercialização, aumentando os custos. Apesar das dificuldades, os empacotadores conseguem manter níveis razoáveis de vendas em meio à valorização e negociação do produto.
“Ontem, os poucos produtores que possuíam esse tipo de Feijão-carioca podiam escolher compradores. Os empacotadores estão fazendo verdadeiros malabarismos no Centro-Oeste, buscando viabilizar o produto comercial com manchas de chuvas através de seleção eletrônica e densimétrica, muitas vezes repassando-o mais de uma vez, e o custo da mercadoria dispara. De maneira geral, os empacotadores têm mantido um nível razoável de vendas, apesar das dificuldades naturais em momentos de valorização e negociação”, conclui.