Operação da PF combate invasão e exploração de lotes em assentamento do Incra

Publicado no dia 08/02/2024 às 15h49min
Suspeito plantou soja em área da reforma agrária e ameaçou assentados/ redação com informações da Polícia Federal | Agrofy News

Equipamentos indicam reimplantação de lavouras de soja em lotes reconcentrados. (Foto - Incra/RS)

Uma operação conjunta entre a Polícia Federal e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) cumpriu ontem (dia 7) ordens de busca e apreensão e medidas cautelares contra um suspeito de invasão de terras públicas, esbulho possessório de vários lotes e dano ao patrimônio público dentro do assentamento Rubira – Conquista da Luta, em Piratini, no Rio Grande do Sul.

O assentamento é administrado pelo Incra. Foram apreendidos no local uma arma de fogo, munições, quatro tratores, uma roçadeira, três colheitadeiras, um reboque, um pulverizador, um arado e galões de herbicida, possivelmente utilizados na prática dos ilícitos.

O suspeito da operação é acusado de ocupar e explorar lotes destinados à reforma agrária sem autorização do Incra, cometendo os crimes de invasão de terras públicas, esbulho possessório e dano ao patrimônio público.

O suspeito assumiu o compromisso de sair do local e acatou a proibição de acesso e/ou frequência aos lotes que ocupava. Além disso, de acordo com a PF,  foi proibido de manter contato com ocupantes do assentamento.

Casas viraram soja
Não é a primeira vez que o investigado é alvo de operações. Em setembro do ano passado, a PF, juntamente com o INCRA, já havia cumprido um mandado de reintegração, expedido pela Justiça Federal de Pelotas, contra ele.

Segundo investigação, o invasor teria adquirido ilegalmente dez lotes na região e concentrado terras de maneira irregular. Casas construídas com recursos federais que ficavam nas áreas foram destruídas para dar lugar a plantações de soja.

Três meses depois, o instituto autorizou seis famílias selecionadas por meio de edital público a ingressarem nas parcelas e começarem a produzir. No entanto, o ex-ocupante teria descumprido a ordem e retomado as lavouras, além de ameaçar os agricultores regularizados. A intenção agora é garantir a posse pelas famílias selecionadas.

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Fonte: PORTAL GHF