Mauro manda reduzir cronograma de pavimentação da MT-246 de 18 para 10 meses

Publicado no dia 17/01/2024 às 15h12min
Motoristas que se arriscaram pela MT-246 a caminho de Chapada acabaram "presos" em lamaçal

EUZIANY TEODORO
APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT


O governador Mauro Mendes mandou a Secretaria de Infraestrutura do Estado (Sinfra) reduzir o tempo de obras de pavimentação da MT-246, de 18 para 10 meses, a fim de acelerar a liberação da rota alternativa para Chapada dos Guimarães.

São 33 quilômetros entre o Distrito de Água Fria e o Manso, que atualmente não são pavimentados. Como o RepórterMT havia mostrado, motoristas têm se arriscado pela via mesmo assim, e acabaram “atolados” no lamaçal formado pelo período de chuvas.

A empresa vencedora já está no trecho, mas a interdição no Portão do Inferno, na MT-251, apertou o cronograma, mostrando a urgência de que a pavimentação saia do papel o mais rápido possível.

A informação de que o cronograma foi reduzido é do prefeito de Chapada, Osmar Froner, que se reuniu na tarde desta segunda-feira (15) com Mauro Mendes, no Palácio Paiaguás.

“Tem ordem de serviço para a pavimentação dos 33 quilômetros e o Governo, que tinha um cronograma físico e financeiro de 18 meses, vai reduzir abaixo de 10 meses. Então isso permite que, nesse intervalo de tempo, a gente possa dar esse horizonte de acesso para Cuiabá. Havia uma reivindicação no sentido de que acelerasse a obra, ligando Água Fria e Estrada do Manso, e o secretário Marcelo Padeiro (da Sinfra) acatou e acabou de nos informar que vai reduzir o máximo possível, até 10 meses, havendo um alinhamento com a PGE, com a Secretaria de Fazenda, para ver o cronograma financeiro e com a empresa para ter a anuência”, afirmou o prefeito Osmar Froner.

Até este momento, a rota mais segura para Chapada é pela BR-364, indo para Campo Verde pela Serra de São Vicente. No entanto, essa alternativa aumenta a distância de 67km entre Cuiabá e Chapada, para mais de 200km, o que encareceu o frete de produtos e, consequentemente, o preço dos alimentos e da água nas duas cidades.

“É um período chuvoso, a MT-246 é uma estrada de terra intransitável, com cargas pesadas. E todo o abastecimento está sendo feito pelo acesso de Campo Verde, que é 220 quilômetros. Hoje a distância de Chapada a Cuiabá é 65, então, é três vezes mais. As pessoas que fazem frete estão cobrando três vezes mais no frete. Isso encarece a mercadoria, tanto daquelas que são destinadas à Chapada, quanto aqueles produzidos em Chapada, como a água. Nós temos três águas potáveis de Chapada, minerais: Lebrinha, Sapoti e Excelência, e o transporte dessa água para abastecer a capital e as outras regiões do Estado, aumentam o custo. E o empresário tem que repassar. Então, tem reflexo”, explicou Froner.

Segundo ele, a redução no cronograma da obra “acalma” os empresários chapadenses, que chegaram a fazer protesto contra a interdição no Portão do Inferno, que reduziu pela metade o movimento econômico na cidade.

“Havendo esse entendimento, a MT-246 sendo pavimentada antes de 12 meses, isso nos dá um horizonte seguro para o transporte de carro. Isso acalma os empresários de locais de Chapada. Acalma, porque todo o trânsito pesado reduziu muito. Está custando três vezes o custo do frete. Então já é um avanço”, concluiu.

Fonte: Repórter MT

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