Milho fecha ano com perda de 30% na CBOT, pior dado desde 2013

Publicado no dia 02/01/2024 às 16h28min
Cereal não registrava um declínio tão acentuado nos preços desde 2013

Os preços futuros do milho na Bolsa de Chicago encerraram na sexta-feira, dia 29  com valores quase 30% menores que os do início de janeiro deste ano. Conforme apontou a Reuters, este foi o pior desempenho do cereal em um mesmo ano desta década, declínio anual mais acentuado desde 2013. Enquanto o março/23 valia US$ 6,70/bushel na primeira sessão deste ano, o março/24, após queda de 3 pontos, fechou esta sexta-feira cotado a US$ 4,71/bushel. Ou seja, comparando os dois contratos mais negociados no início e final do ano, a redução foi de 29,7%. Além do março/24, a CBOT fechou nesta sexta com queda de 2,75 pontos no maio/24 que foi a US$ 4,83/bushel, o julho/24 com redução de 2,25 pontos caindo para US$ 4,93 e o setembro/24 com diminuição de 1,5 ponto indo a US$ 4,97/bushel. Como destacou a Reuters, as colheitas no Brasil e nos Estados Unidos ajudaram a compensar as perdas da safra argentina. Agora, no final do ano, a melhoria das chuvas da Argentina permitiu aos agricultores bons progressos na semeadura do milho, embora haja dúvidas quanto a as condições do Brasil. De acordo com o Farm Progress, “a colheita inesperadamente grande nos EUA e uma concorrência acirrada no exterior têm sido enormes obstáculos nos últimos meses”. A projeção é de que “as exportações precisarão aumentar significativamente para mover o ponteiro em uma direção mais otimista no futuro”.

Cenário para 2024
Segundo análise da Agrinvest Commodities, o cenário para o milho em 2024 é bastante incerto. Ainda há dúvidas a respeito de qual será o tamanho da área plantada no próximo ano. A última pesquisa da consultoria indicou que as vendas de sementes estão 22 pontos abaixo da média dos últimos 3 anos. Além disso, deve ocorrer um aumento da área plantada de sorgo. Soma-se a isso a perspectiva de redução de investimento e atraso que reduzirão a produtividade. Em relação às exportações, os custos logísticos serão maiores e a Argentina terá bastante milho para vender. Outra dúvida é em relação ao dólar, se continuará se desvalorizando ou não, pois a reforma fiscal, taxas de juros e volumes de exportações serão impulsionadores da moeda brasileira. Em 2024, os mercados agrícolas poderão enfrentar uma oferta mais restrita devido aos efeitos adversos do El Niño. Os comerciantes estão monitorando se as chuvas recentes e as previstas para a próxima semana reduzirão os danos da seca nas regiões central e norte do Brasil.

Fonte: AgroRevenda

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