Caiado sobre pacto de desmatamento ilegal zero: "Europeu não vai impor data para nós"

Publicado no dia 07/09/2023 às 02h47min
Durante assinatura de pacto com representantes da agricultura e pecuária, governador criticou o que chamou de interferência internacional de ONGs no Brasil

Caiado assina Pacto pelo Desmatamento Ilegal Zero, acompanhado por Daniel Vilela, Andréa Vulcanis e José Mário | Foto: divulgação/Lucas Diener

Após retornar dos Estados Unidos, o primeiro evento público do governador Ronaldo Caiado (UB) foi a assinatura do Pacto pelo Desmatamento Ilegal Zero em Goiás. Durante o evento, o chefe do Executivo Estadual chamou acordos internacionais de ONGs, sobre o tema, de interferência, afronta a soberania brasileira e desrespeito com as instituições brasileiras.

Ao Jornal Opção, Caiado frisou que organizações internacionais têm imposto o debate acerca do tema ambiental em outros países em relação ao Brasil. “Elas influenciaram a União Europeia, que agora, para poder fazer o acordo comercial com o Brasil estão determinando e exigindo que qualquer desmatamento, a partir do dia 30 de dezembro de 2020, mesmo com autorização dos órgãos estaduais, não só Goiás, mas todos os Estados, que eles não consideram como desmatamento legal, classificando isso como ilegal”, explicou.

O governador criticou ainda, sem citar nomes, a atitude de frigoríficos e grandes indústrias que assinam “acordos internacionais com ONGs”. “Não vai ser europeu que vai dizer que as prerrogativas de Goiás acabaram no dia 30 de dezembro de 2020. Isso é interferência, isso é afronta a soberania, isso é desrespeito com o Congresso Nacional,” enfatizou. “Quem são eles para tachar data a nós? Sendo que nós temos uma legislação que diz os critérios para que se possa fazer um desmatamento”, arrematou.  


Para Caiado, na questão ambiental o Brasil “nunca foi réu nesse processo, o Brasil é vítima de uma narrativa de países que destruíram os seus recursos naturais e quem tem hoje somos nós”. Para tanto, ele sugere que o país determine valor aos produtos exportados em consideração à conservação ambiental. “E para isso vamos precificar esse valor, para que eles tenham que repor a nós também, o que eles consumiram internacionalmente e nós somos hoje dotados desta reserva, que nenhum outro país tem. Então isso, agora tem que ser monetizado,” destaca.

Pacto pelo desmatamento zero ilegal

Diante do que se pode chamar de pressão internacional, o governo estadual elaborou o próprio cronograma para colocar fim no desmatamento ilegal. O prazo do Estado é reduzir gradativamente até 2030 as irregularidades. Para tanto, foi determinado algumas ações, como de comando e controle a partir de alertas; licenciamento ambiental facilitado, por meio do Sistema IPÊ (regularização); valorização da Vegetação Natural; Recuperação de áreas degradadas, programas de compensação e reposição florestal e compensação por danos; e fiscalização ambiental.

O documento foi assinado pelo vice-governador Daniel Vilela (MDB), a titular da Secretaria de Estado de Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Andréa Vulcanis; e o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), deputado federal José Mário Schreiner (MDB).

Fonte: Jornal Opo

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