Segunda safra do milho bate novo recorde com 107 milhões de toneladas

Publicado no dia 20/07/2023 às 15h38min
Mato Grosso é o principal destaque da etapa com produtividade de 120 sacas por hectare

Em um período de preocupação generalizada com a desvalorização no preço do milho, a segunda safra do grão no Brasil bate novo recorde de produção com 107,2 milhões de toneladas, volume 16,1% acima da temporada passada, em área de 16,9 milhões de hectares.  A etapa do milho começou no dia 23 de maio com estimativa de 102,4 milhões de toneladas. A produtividade média nacional é estimada em 105,5 sacas por hectare – ou 14,8% sobre a safra passada.

A temporada teve início com ritmo mais lento de plantio, em função do alongamento do ciclo da soja e das constantes chuvas na colheita. Esse cenário aumentou a preocupação quanto ao risco climático na segunda safra de milho, em função da possibilidade de interrupção precoce das chuvas e ocorrência de geadas em junho, em especial nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, São Paulo e Minas Gerais.

 “À medida que a segunda safra foi avançando, as equipes constataram condições favoráveis e os riscos foram se dissipando. Apesar de a colheita se estender até setembro, possíveis perdas por intempéries climáticas a partir de agora serão mais reduzidas, o que confirma uma safra muito boa”, afirma André Debastiani, coordenador do Rally da Safra.

Mato Grosso

O Mato Grosso é o principal destaque da segunda safra de milho, com recorde de produtividade de 120,1 sacas por hectare – quatro sacas a mais em relação à projeção na largada da etapa milho e 15% superior à safra passada. A área plantada no estado foi revisada para 7,43 milhões de hectares - 8,9% a mais que na safra passada - e a produção deverá ficar acima de 53,5 milhões de toneladas. 

Goiás

Goiás também registra recorde de produtividade: 116,9 sacas por hectare, diante de uma projeção inicial de 114 sacas por hectares. O resultado é 44% maior que na safra passada (81,3 sacas por hectare). 
Mato Grosso do Sul

No Mato Grosso do Sul, apesar do atraso na colheita – que alcança 8% da área cultivada, 8 pontos percentuais abaixo da média dos últimos cinco anos, as avaliações apontam para um novo recorde de produtividade de 96,5 sacas por hectare.

Paraná

Cenário semelhante pode ser visto no Paraná, com produtividade estimada em 96,6 sacas por hectare, onde a colheita é a mais atrasada do país – apenas 5% da área colhida (13 pontos percentuais abaixo da média das últimas cinco temporadas). A produtividade não será maior porque a região norte do estado foi afetada pela estiagem em maio, que limitou o potencial produtivo. O atraso nos dois estados ocorre devido à implantação mais tardia e, também, pelos dias mais frios, que levam o milho a perder umidade mais lentamente.

“Os quatros principais fatores por trás dessa supersafra são a melhor distribuição de chuvas, maior quantidade de plantas, espigas e grãos por hectare, boa sanidade eo ótimo desempenho das lavouras tardias”, afirma o coordenador do Rally.

Se por um lado o produtor comemora uma ótima produtividade, por outro ele lamenta não ter comercializado a safra antecipadamente. A queda de preços, que se intensificou a partir de abril, traz preocupação com a rentabilidade da safra atual e com o planejamento da próxima safra.

Com informações Rally da Safra

Fonte: SBA

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