Nova fusão de empresa cria mais uma "gigante" do agro
Bunge e Viterra fecham negociação de US$ 30 bilhões
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Duas grandes companhias ligadas ao agronegócio anunciaram, nesta semana, uma fusão que cria, diretamente, mais uma gigante do setor de alimentos. A Bunge oficializou união com a Viterra, em um acordo calculado em US$ 30 bilhões - dois terços do pagamento será composto por em ações da Bunge e o restante em dinheiro.
Segundo comunicado das empresas ao mercado, a Viterra terá, inicialmente, participação de 30% na nova empresa.
Como parte da transação, a Bunge assumirá US$ 9,8 bilhões da dívida da Viterra, associada a US$ 9 bilhões de estoques.
Além disso, a Bunge planeja recomprar US$ 2,0 bilhões em ações da Bunge (o “Plano de Recompra”) para aumentar a valorização do Lucro Por Ação (LPA) ajustado. Esses ajustes são feitos para dar uma visão mais realista dos lucros da empresa. A Bunge pretende iniciar as recompras o mais rápido possível, sujeita às condições de mercado e às regras da SEC sobre restrições comerciais, e espera concluir o Plano de Recompra em até 18 meses após o fechamento da transação. Os acionistas da Viterra deteriam 30% da empresa combinada em uma base totalmente diluída no fechamento da transação e aproximadamente 33% após a conclusão do Plano de Recompra.
Para o CEO da Bunge, Greg Heckamn, a fusão é "um acelerador das estratégias da empresa" porque conecta as principais regiões de produção do mundo às áreas de consumo de crescimento mais rápido. David Mattiske, CEO da Viterra, disse por meio da assessoria de imprensa que a combinação das redes as coloca em "um posicionamento para atender à crescente demanda por produtos alimentícios, rações e combustíveis".
A Bunge foi a principal exportadora de milho e soja do Brasil, em 202, além de maior exportadora de matérias-primas para ração animal e biocombustíveis. A Viterra foi a terceira maior exportadora de milho e a sétima maior de soja.