FPA cobra que Reforma Tributária não prejudique a produção de alimentos
Segundo Sérgio Souza, bancada não vai admitir a possibilidade de aumento de impostos para o setor agropecuário e para a população
Em reunião ordinária nesta terça-feira (13), a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) debateu as diretrizes apresentadas, no último dia 6 de junho, pelo Grupo de Trabalho (GT) da reforma tributária da Câmara dos Deputados. O relatório, que altera o Sistema Tributário Nacional, recebeu críticas por parte dos parlamentares, especialmente por não conter informações objetivas sobre o texto que irá à votação no mês que vem.
O deputado federal Sérgio Souza (MDB-PR), ex-presidente da bancada, destaca que a maior preocupação dos deputados e senadores é se o setor pagará mais impostos. De acordo com ele, a reforma não terá como caminhar se onerar o agro e trouxer prejuízo para a população.
“Não está claro se vamos pagar mais impostos. As diretrizes mostradas nos trazem mais dúvidas do que esclarecimentos e, sendo assim, não vejo possibilidade da reforma prosperar no Congresso Nacional. Precisamos que o texto dê conforto ao cidadão e leve o agro para frente”, explicou.
Além de garantir que o aumento da carga tributária não será admitido pela FPA, Sérgio Souza afirma que o agro precisa ser olhado como gerador de riquezas e empregos. “Chegamos ao consenso que tem que ser bom para todo mundo. Para o povo brasileiro, para o produtor rural e para a cadeia da indústria que gera muitos empregos. Fazemos a economia girar e o Brasil crescer, temos força para não aceitar mais tributos”, disse.
O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), vice-presidente da FPA, lembrou da necessidade de conciliar interesses distintos de setores e regiões diferentes do país. “Todos sabemos da relevância da Reforma Tributária para o agro e para o Brasil, por isso acredito que precisamos de tempo para avaliar melhor as decisões e formalizar um texto que atenda a todo mundo”, avaliou.
Com a mesma preocupação acerca do tempo de discussão da reforma e os impactos para a população, o deputado federal Zé Trovão (PL-SC), ressaltou que não enxerga nas diretrizes apresentadas nada que facilite a vida das pessoas.
“Precisamos de mais tempo para debater algo tão importante para o país. Da forma que está sendo montada, não me parece que a reforma irá atender aos anseios do povo brasileiro e nem do setor agropecuário. Se é pra fazer uma reforma que não trará algo positivo, que não se faça”, concluiu.
Durante a apresentação do relatório na semana passada, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator do GT, afirmou que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), confirmou a apreciação do texto para a primeira semana de julho.