Ministro da Agricultura anuncia investimento de quase R$ 2 bilhões para o Pantanal de MT
Anúncio foi feito durante o congresso de sustentabilidade, que teve início nessa segunda-feira (23).
Congresso que debate desenvolvimento e sustentabilidade em Mato Grosso — Foto: TCE-MT
Desenvolvimento e sustentabilidade são discutidos em um congresso realizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), nessa segunda-feira (23), em Cuiabá. Durante o evento, foi anunciado o investimento de U$ 400 milhões para o Pantanal – quase R$ 2 bilhões na cotação atual.
O congresso é palco de audiência pública externa do Senado Federal e debate temas como formas de produzir e gerar energia e explorar minérios de forma sustentável.
De acordo com o presidente da Comissão permanente de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Sérgio Ricardo, com o início de grandes obras, é preciso debater o desenvolvimento sustentável no estado.
“Mato Grosso cresce, teremos em breve ferrovias. Vamos presenciar um crescimento nunca antes visto, então a gente tem que se discutir como que o estado vai se desenvolver daqui para frente, como que vai continuar sendo o celeiro do mundo, como que vai gerar emprego, que vai aquecer a economia e como que vai cuidar dos rios, do potencial da águas que nós temos, da floresta”, disse.
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Ministro da Agricultura anunciou o investimento de U$ 400 milhões para o Pantanal — Foto: TCE-MT
No evento o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro anunciou um investimento para o Pantanal mato-grossense.
“O ministro da Agricultura anunciou a retomada programa Bid Pantanal que já foi um programa que tentou se implementar aqui há uns 20 anos atrás e que agora anunciou U$ 400 milhões para a conservação e desenvolvimento sustentável do Pantanal. Então já é uma excelente notícia que esse congresso já gera e produz”, disse Sérgio Ricardo.
O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Walfrido Moraes Tomas, disse que enxerga os recursos de forma positiva, mas reforça a necessidade de que sejam empregados da forma correta.
“Implica que você vai ter que manter as questões ambientais dentro de uma conformidade para manter a biodiversidade, serviços do ecossistema e a produtividade do bioma, mas também as questões sociais e as econômicas. Precisa de políticas pública”, disse.
O senador Wellington Fagundes (PL) esteve no evento e foi o presidente de mesa do painel que tratou do Estatuto do Pantanal. Os debates foram sobre a importância do bioma, os desafios de conservação e restauração e sobre as estratégias para o manejo sustentável. A ideia é avanças as discussões para que seja criada uma lei específica para o bioma.
“Hoje não temos nada que deixa claro, em termos de legislação federal, do que pode ser feito e o que não pode, vamos exemplificar: as queimadas controladas, como fazer o pisoteio do gado no momento certo, também o que pode e o que não pode ser formado em pastagem e os aceiros que precisar ser feitos. Então temos muito para discutir o que colocar em legislação, mas também psra que a gente possa conviver com esse ecossistema frágil que necessita da atenção”, disse o senador.