Sociedade Rural Argentina rejeita novo "dólar do agro"
Presidente da entidade fala em possibilidade de "distorção cambial" em desfavor dos produtores rurais
Foto: Pixabay
O presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), Nicolás Pino, criticou o lançamento do “dólar agro” unificado. Ele acredita que a medida vai gerar distorções cambiais. Além disso, pontuou que a eliminação das retenções resultará no mesmo impacto nas receitas.
Em diálogo com a Rádio Rivadavia, o líder da SRA respondeu que a medida não é a solução para o campo argentino. Pelo contrário, aliás. De acordo com ele, a implementação do chamado “dólar do agro” é meramente uma necessidade de arrecadação do governo.
“Vai gerar distorções de preços como gerou o ‘dólar soja’, porque quando alguém quer intervir nos mercados causa esse tipo de coisa: incerteza e perplexidade”, afirmou o presidente da SRA.
Dólar do agro e prejuízos por causa da seca
Além de contestar o ‘dólar do agro’, Pino calculou que os prejuízos com a seca rondariam os US$ 20 bilhões de dólares em todas as áreas produtivas da Argentina. Dessa forma, exigiu ao governo medidas concretas e urgentes.
O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, confirmou que nesta segunda-feira (3) vai anunciar um novo “dólar agro”. O objetivo, segundo ele, será simplificar o preço das exportações de commodities agropecuárias.
Ainda conforme o governo argentino, o “dólar do agro” vai consistir em um câmbio diferencial por 30 dias para o complexo soja (grão, farelo e óleo) e 90 dias para as exportações de bens das economias regionais. Massa e equipe afirmam que isso ocorrerá a fim de reforçar as reservas internacionais em US$ 15 bilhões.
Editado por: Anderson Scardoelli.
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