Suinocultura independente: a maioria das praças apresentou queda nos preços
Segundo informações de liderança da área, o mercado "ainda não encontrou a "confiança" necessária para alterar a trajetória de maiores ofertas pelos produtores"
Com a chegada do final do mês de março, as principais bolsas que negociam suínos no mercado independente registraram quedas nas cotações, com exceção de São Paulo, que manteve estabilidade. Há uma incerteza em relação às próximas semanas, com feriados em dias úteis, como explicam lideranças da área, assim como a falta de confiança para alterar a trajetória de maiores ofertas pelos produtores.
Em São Paulo o mercado teve acordo de R$ 7,20/kg vivo, mantendo o mesmo preço praticado na semana anterior, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).
No mercado mineiro, houve recuo, saindo de R$ 6,80/kg vivo na semana passada para R$ 6,50/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
"O mercado, apesar de a última semana do mês ter tido melhores volumes que as semanas anteriores, ainda não encontrou a 'confiança' necessária para alterar a trajetória de maiores ofertas pelos produtores. As expectativas para a semana inicial do próximo mês é uma das forças capazes de alterar isso e levar à conhecida inversão do efeito chicote: quando a cadeia de produção como um todo faz as mesmas escolhas em um curto espaço de tempo, sejam recuar ou acelerar as compras. Quando o 'efeito chicote' é a favor ocorre a subida dos preços de modo automático e acelerado", apontou o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles.
Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve queda, saindo de R$ 6,87/kg vivo para R$ 6,63/kg vivo nesta semana.
"É um mercado 'pingue-pongue, um sobe e desce, olhando para preços de integração e independente. É difícil, porque a gente olha os números e vê que Santa Catarina já não tem uma oferta extra de animais, estão até trazendo suínos de fora para abate. Com o feriado na próxima semana (Semana Santa), e depois 21 de abril e 1º de maio, que são dias úteis, é complicado fazer projeções", disse o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.
No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 23/03/2023 a 29/03/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 5,68%, fechando a semana em R$ 6,44/kg vivo.
"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 6,49/kg vivo", informa o reporte do Lapesui.
Tags: Granjeiros Agronegócio Agricultura
Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas