Tecnologia permite identificar problemas locomotores em suínos por meio de imagens
A autora da pesquisa Isabella Condotta, em entrevista ao Ligados & Integrados, falou mais sobre a tecnologia usada em suínos
Os problemas locomotores e seus efeitos no comportamento dos suínos têm sido subestimados ao redor do mundo.
Um estudo realizado na Alemanha em 2007 mostrou menos leitegadas nas porcas que apresentavam claudicação quando comparadas às porcas sem claudicação. Foram 3 leitegadas e 4,5 leitegadas, respectivamente.
Por conta disso, os problemas locomotores devem receber uma atenção redobrada. Mas como identificá-los?
Suínos: identificação
Os aspectos que permitem identificar quais fêmeas estão em risco são:
Registros de produção: porcas com a saúde comprometida durante um certo período de tempo normalmente apresentam níveis mais baixos de produtividade;
Comportamento: o sinal mais comum é a claudicação. No entanto, falta de apetite ou apatia podem indicar que há algo anormal; e
Identificação das lesões: a identificação e classificação das lesões de casco e da condição de locomoção, bem como o devido entendimento de suas causas.
A combinação destes três aspectos possibilita uma análise mais criteriosa de quais são as fêmeas candidatas ao descarte. Da mesma forma, antes de se proceder a eliminação dos animais, deve-se entender quais são os fatores predisponentes que levam aos problemas do aparelho locomotor vivenciados na granja.
Por isso, a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, a ESALQ/USP, fez um estudo de identificação de problemas locomotores por meio de imagens de suínos, com um sensor, que verifica cada parte do animal. A autora da pesquisa Isabella Condotta, em entrevista ao Ligados & Integrados, falou mais sobre a tecnologia.
“A precisão desse modelo ficou entre 75% a 80% para identificação desse tipo de problema. Ainda vamos começar uma segunda fase desse estudo para aprimorar o modelo e poder disponibilizar da melhor maneira para o produtor”, conta Condotta.
A tecnologia ainda está em fase de testes por conta do estudo ser ainda recente e necessitar de mais testes, já que durante a pesquisa, a fazenda onde foi realizado, não tinha tantos animais com problema de claudicação.
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