Indígenas voltam a invadir fazenda que também é disputada por sem-terra
Indígenas Kaiowá e Guarani voltaram a invadir a fazenda Inho, em Rio brilhante
Indígenas voltaram a montar barracos no entorno da fazenda - Fotos: Cimi/Divulgação
Indígenas Kaiowá e Guarani voltaram a invadir a fazenda Inho, em Rio brilhante, na manhã desta quarta-feira (8). O local que também é disputado por sem-terra, teve a sua sede ocupada cinco dias após os indígenas serem expulsos pela Polícia Militar.
Os indígenas denominam a fazenda como tekoha Laranjeira Nhanderu. Eles pedem que que a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e o Ministério Público Federal (MPF) assumam a interlocução com o Estado antes de novo ataque.
Na sexta-feira, durante expulsão do local, três indígenas foram presos e liberados no sábado. A comunidade alega que a retirada foi ilegal, sem ordem judicial.
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Indígenas voltam a invadir fazenda que também é disputada por sem-terra
Fotos da fazenda Inho feitas pelos Guarani e Kaiowá após retomada da sede da fazenda Inho. Registros foram feitos para comprovar propriedade segue intacta. Foto: comunidade de Laranjeira Nhanderu
Depois da expulsão de sexta, os Kaiowá e Guarani reconstruíram os barracos no entorno da sede da fazenda. Mesmo com a presença dos indígenas no local, os arrendatários da fazenda tentam trabalhar no local, onde há plantação de soja. O clima voltou a ficar tenso.
Reforço
O secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Luiz Henrique Eloy, enviou ofício ao superintendente da PF (Polícia Federal) em Mato Grosso do Sul, Agnaldo Mendonça Alves, solicitando reforço em uma área de conflito em Rio Brilhante.
No documento, o secretário-executivo manifesta temor de confronto da comunidade e a PMMS (Polícia Militar) e pede que a PF atue na região para evitar conflitos.
“É sabido que em atos como estes, em certas ocasiões a truculência acaba por ser utilizada para reprimir ações de povos indígenas, devido a maioria das vezes as equipes policiais designadas ao feito não terem preparação específica para casos como o em tela”, escreveu.
Indígenas voltam a invadir fazenda que também é disputada por sem-terra
Sede da fazenda Inho, retomada pelos Guarani e Kaiowá após ação ilegal da Polícia Militar. Indígenas pedem mediação do MPF e da Funai. Foto: comunidade de Laranjeira Nhanderu
