Produção de goiaba no DF chega a mais de 7 mil toneladas em 2022

Liderando o ranking das frutas produzidas na região, o aumento entre 2021 e 2022 chegou a 8,6%

A goiaba é atualmente a fruta mais produzida no Distrito Federal. Entre 2021 e 2022, houve um aumento de 25,65% na área plantada e de 8,6% na produção. De acordo com o Relatório de Informações Agropecuárias da Emater-DF, entre todas as outras frutas cultivadas na capital, a goiaba ocupa a maior área, com 353,72 hectares (ha), que produziram 7,68 mil toneladas em 2022.

 As cultivares produzidas são a Paluma, a Tailandesa, a Cortibel e a Pedro Sato. Dentre elas, a Paluma tem o uso mais indicado para doces e geleias por ter a casca fina e mais polpa. Todas elas são indicadas para consumo in natura. Em todo o Distrito Federal, há 149 produtores da fruta. A Região de Brazlândia e Alexandre Gusmão, em Ceilândia, são os locais que lideram o ranking de produção, com 98,06%, e de área plantada, 97,14%, de todo o DF. 

Clima 
As estações climáticas bem definidas e a altitude colocam o Distrito Federal numa condição favorável na produção de frutíferas. 

Vanusca Marques de Andrade Correa (45) é produtora rural em Brazlândia. Ela e o esposo, o produtor rural Edson Pinto Correa, cultivam goiaba há mais de 27 anos. Atualmente, eles possuem 3 ha de área plantada, que produziu, em 2022, 1500 caixas de goiaba tailandesa.

“A vantagem de produzir goiaba é que o tempo de produção é longo, vai de abril até agosto. Nos últimos três anos houve um aumento da demanda e tem sido um bom negócio. Vendemos nossa produção na Feira do Produtor de Ceilândia e, no ano passado, começamos e enviar para Anápolis. Está sendo muito bom”, informou  Vanusca.

Atrativos do cultivo de goiaba
O gerente do escritório local da Emater-DF em Brazlândia, Claudinei Machado Vieira, explicou que uma das vantagens de se investir na produção de goiaba é que a utilização da poda escalonada em talhões induz os pés a produzirem quase o ano todo, gerando renda ao produtor por um longo período. Outra vantagem que recai sobre toda a fruticultura é o emprego de pouca mão de obra pela facilidade do manejo, diferente da olericultura.

Para o produtor rural Márcio Toshio Yamagata, a safra de goiaba em 2022 foi bastante rentável. Na propriedade de 12 hectares, ele cultiva abacate e goiaba tailandesa, própria para consumo de mesa. “Aprendi a cultivar goiaba com meu pai, Yukio Yamagata, já falecido. Quando comprei essa propriedade há sete anos, em Alexandre Gusmão, decidi pela tailandesa que tinha acabado de entrar no DF.  Na última safra, tivemos uma colheita de seis caixas por pé, totalizando 12 mil caixas. O preço foi muito promissor e nossa produção foi quase toda para o Ceasa. A goiaba é uma fruta que se a gente cuidar e se dedicar, ela garante renda o ano todo”, afirmou.

O gerente Claudinei Vieira também destacou que a produção de goiaba inicia bem rápido, apenas dois a três anos após a plantação. Além disso, se feito o manejo correto e seguindo as orientações técnicas, é possível colher a fruta por até 20 anos.

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