Estiagem: mais de 250 municípios gaúchos decretam situação de emergência

Publicado no dia 07/02/2023 às 15h20min
Segundo os dados divulgados pela Emater-RS, as culturas de verão estão com prejuízos

Mais da metade dos municípios Rio Grande do Sul já decretaram situação de emergência em função da estiagem. Conforme a Defesa Civil, o número já chega a mais de 250 cidades. A situação de perdas varia bastante de região para região. Além disso, Nova Pádua, na Serra Gaúcha, decretou emergência devido às perdas com granizo.

Segundo os dados divulgados pela Emater-RS, as culturas de verão estão com prejuízos, mas o cenário varia bastante conforme as chuvas que estão mal distribuídas pelo estado. Na soja, por exemplo, choveu mais de sul a leste, o que aliviou um pouco a situação de estresse nas lavouras.

Na maioria dos locais, contudo, não teve nenhuma precipitação. Com isso, o calor, a pouca umidade e o vento agravam ainda mais a situação. Cerca de 35% das lavouras estão no florescimento. Com esse cenário, as flores estão caindo e há pouca emissão de folhas. Um levantamento realizado pela Emater-RS em 412 municípios gaúchos aponta que as maiores perdas estão nas regiões de Santa Maria e Santa Rosa, que registram baixa de 20%.

Impactos da estiagem no milho e no arroz

No milho, os efeitos da seca causam a queda ou o curvamento das plantas, chamado de acamamento. Isso tem antecipado a colheita em algumas regiões, mesmo com os grãos ainda com alto teor de umidade. No Rio Grande do Sul, os trabalhos já alcançam 35% da área. No levantamento de perdas, os maiores índices estão na região de Bagé, Frederico Westphalen e Santa Maria, com baixa de 50%. Em Erechim, Ijuí, Pelotas e Santa Rosa, a quebra é de 30%.

No arroz, 48% das lavouras estão na emissão de panículas e as temperaturas altas também preocupam, já que o cenário pode causar danos às espigas. Dessa forma, já são projetadas perdas de 8% em Bagé e de 4% em Lajeado, Soledade e Santa Maria.

“No ano passado, que já tivemos a seca, a solução veio em conversas com agentes financeiros” — Gedeão Pereira

“Estamos fazendo uma avaliação nesta semana com nossa diretoria, nossos sindicatos rurais, para ver que medidas possíveis possam ser tomadas, embora eu tenha dificuldade em ver solução. No ano passado, que já tivemos a seca, a solução veio em conversas com agentes financeiros e eles resolveram a situação sem interferência do governo. Neste ano, vamos ver o que vai ser feito”, diz Gedeão Pereira, presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul).

Serra enfrenta problema com granizo

Por outro lado, em vez de estiagem, a região da Serra Gaúcha teve perdas por causa da queda granizo na última semana. Em Nova Pádua, parreirais inteiros, quase em ponto de colheita, ficaram no chão. O prejuízo estimado está na casa de R$ 5,5 milhões (ou 300 hectares). Além disso, houve danos em hortaliças e estruturas como galpões.


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Fonte: Canal Rural

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