"Exportação será válvula de escape" para a pecuária, aposta especialista
CEO da Radar Investimentos, Leandro Bovo projeta retomada para a pecuária brasileira
Os embarques de carne — sobretudo a bovina — para o exterior tendem a ajudar na retomada da rentabilidade da pecuária brasileira, acredita o CEO da Radar Investimentos, Leandro Bovo. Para os próximos meses, a começar por este primeiro trimestre de 2023, ele destaca que o setor tende a ser movimentado — e mais bem valorizado.
“Acredito que a exportação será uma válvula de escape muito grande para a nossa produção. E isso vai ajudar a ter o mínimo de reequilíbrio de preços, numa situação um pouco melhor do que a gente tem agora”, disse Bovo ao ser entrevistado pelo Canal Rural. Ele conversou com o comentarista Miguel Daoud e com a jornalista e apresentadora Pryscilla Paiva.
Nesse cenário internacional, Bovo avalia que a demanda chinesa será o grande ponto positivo para a exportação de carne bovina pelo Brasil. De acordo com ele, o fator câmbio tende a deixar a produção brasileira mais atrativa para os compradores da China.
“A nossa carne na moeda chinesa está mais barata” — Leandro Bovo
“A nossa carne está muito mais barata na moeda da China. A nossa carne caiu em dólar e por mais que a moeda da China, o yuan, tenha se desvalorizado em frente ao dólar também, a desvalorização da tonelada da carne foi muito maior do que isso”, explicou. “A nossa carne na moeda chinesa está mais barata do que estava há um ano.”
Ainda sobre a China, Bovo reforçou outros dois pontos. O primeiro da retomada da habilitação de frigoríficos brasileiros aptos para a exportação junto ao país asiático. O outro é a esperada retomada da economia chinesa após período de lockdowns por causa da pandemia de covid-19.
Um pouco otimista com a retomada da pecuária brasileira
Ao participar da edição desta quinta-feira (19) do telejornal ‘Mercado & Companhia’, Bovo enfatizou que, sim, está “um pouco otimista” em relação à retomada da rentabilidade pelos pecuaristas do Brasil. Ele, destacou, porém, que o setor ainda enfrenta uma situação negativa, com o prejuízo sendo certo — por causa da elevação dos custos de produção — para quem tiver de realizar abates neste momento.
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