Café: "Safra não é tão grande quanto se esperava", afirma consultoria

Em relatório, a Hedgepoint Global Markets destaca números da produção cafeeira do país

Os preços do café foram afetados por fatores macroeconômicos no fim de novembro, destaca, em relatória a Hedgepoint Global Markets. No material divulgado neste mês, a consultoria aponta como fatores as novas medidas contra a covid-19 adotadas recentemente pelo governo da China.

“Embora o país [China] não seja uma das principais regiões consumidoras de café, as restrições à mobilidade chinesa podem ter um efeito cascata na economia global”, analisa a equipe da Hedgepoint.

Por outro lado, o relatório reforça alguns números da safra brasileira de café para a temporada 2023/24. Nesse sentido, as novas estimativas para o arábica estão com um intervalo entre 44,4 milhões e 46,4 milhões de sacas — para um ponto médio em 45,4 milhões de sacas.

Nesse sentido, a Hedgepoint reforça que, ainda que os números mostrem uma recuperação em relação a 20222/23, a “safra não é tão grande quanto se esperava inicialmente”. Isso porque enquanto muitas áreas estão produzindo novamente após poda (e a ocorrência de duas safras menores gerou menos stress produtivo), a recuperação do clima não foi suficiente para desencadear uma nova safra recorde.

Safra do café conilon

Para o conilon, a produção deve cair no Espírito Santo. Segundo o relatório da consultoria, o estado do Sudeste mostra — a exemplo do que aconteceu com o arábica em 2022/23 — que nem sempre uma florada excelente significa produtividade excelente.

“As flores secaram em diversas regiões [capixabas], em vez de continuar o desenvolvimento em chumbinhos”, afirma a equipe da Hedgepoint em seu mais recente material sobre a produção de café no Brasil. “Com isso, nossa estimativa de 20,5 milhões a 22,5 milhões de sacas [para o conilon], com um ponto médio de 21,5M sacas.”

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