Plenário da Alego é invadido, e sessão é encerrada.
Plenário da Alego é invadido, e sessão é encerrada após tentativa de votação da taxação do agro
POLÍTICA
Plenário da Alego é invadido, e sessão é encerrada após tentativa de votação da taxação do agro
Tumulto aconteceu na tarde desta terça-feira (22) na Assembleia Legislativa de Goiás
22/11/2022 - 16:32
A sessão da Assembleia Legislativa de Goiás desta terça-feira (22) foi encerrada após produtores rurais invadirem o plenário da casa, por serem contrários a taxação sobre produtos agropecuários.
Segundo apurado pelo POPULAR, o requerimento que solicitou a retirada do projeto da pauta do dia foi apresentado pelo deputado estadual Eduardo Prado (PL). No entanto, o colegiado votou contra o pedido e manteve a votação, e com isso o plenário foi invadido e o presidente da casa Lissauer Vieira (PSD) encerrou a sessão.
Mesmo com o reforço da segurança, os manifestantes quebraram uma das portas do plenário e entraram, ficando apenas nas galerias.
O presidente da casa afirmou que a invasão não dá segurança aos deputados. “A invasão inviabiliza a continuidade. Não dá segurança aos deputados e é preciso preservar a segurança e o andamento normal. O plenário é para presença deles”, afirmou Lissauer.
De acordo com o órgão, uma nova sessão plenária está prevista para a próxima quarta-feira (23) sendo ela híbrida e sem público.
O governo lamentou a cena que aconteceu na tarde desta terça e afirmou que cenas como a que aconteceram mancham a imagem do Estado em âmbito nacional. “A violência não pode superar a institucionalidade, em nenhuma circunstância”, declarou em nota.
Entenda o projeto
A votação é referente aos projetos que criam a contribuição do agronegócio e o Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) no estado.
O texto aprovado em primeira votação pela Assembleia Legislativa, na última quinta-feira (17) por 22 votos a 16, prevê cobrança de no máximo 1,65%. O governo pretende arrecadar cerca de R$ 1 bilhão por ano para investir em rodovias e pontes. A alegação é de que a contribuição, já existente no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Maranhão, é necessária para cobrir parte da queda da arrecadação provocada pelo limite de arrecadação de ICMS dos combustíveis e energia, determinado por lei federal.
Se aprovada, a cobrança de até 1,65% será detalhada por decreto do governador Ronaldo Caiado (UB), ainda sem data para edição.