Selo internacional impulsiona investimentos na pecuária do Paraná
Conquista da certificação como área livre de febre aftosa sem vacinação completou um ano em maio
Um ano depois de obter o reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação, o estado do Paraná agora colhe os frutos dos esforços realizados nos últimos 50 anos, que culminaram com a estruturação de um sistema sanitário robusto. Nessa nova fase, o Estado já recebe investimentos bilionários e tem perspectivas de avançar em direção a mercados internacionais mais sofisticados.
Em evento realizado no Palácio Iguaçu, sede do governo do Estado, em Curitiba, na semana passada, autoridades políticas e representantes de entidades do setor agropecuário, evidenciaram os prognósticos positivos para o Estado. “Nós não trabalhamos para ter um selo na parede, um certificado bonitinho. Trabalhamos para gerar oportunidade de emprego, renda e agregar valor ao que produzimos”, enfatizou secretário estadual de Agricultura, Norberto Ortigara.
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Parte significativa dos aportes catapultados pelo novo status sanitário vem das cooperativas. Só neste ano, o setor cooperativo vai investir R$ 4,2 bilhões. Deste total, R$ 700 milhões serão destinados a construção ou ampliação de plantas de abates de suínos. Além disso, o segmento deve destinar R$ 900 milhões à infraestrutura de armazenagem e recepção de agroindústrias e R$ 400 milhões em indústrias de ração animal.
Apesar dos impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus nos últimos anos, o Paraná consolidou sua liderança como maior fornecedor de proteína animal do Brasil. Responsável por um terço da produção de frangos de corte do país, o Estado ampliou sua participação para 4,8 bilhões de toneladas em 2020 – expansão de 8% em relação ao ano anterior. Na suinocultura, o avanço na produção foi de 9%, ultrapassando 1 milhão de toneladas produzidas. Com isso, o Paraná responde por 20% do mercado de suínos, atrás apenas de Santa Catarina.