Chuva de quase 400 mm e ventos de 100 km/h podem trazer estragos para o Sul

Segundo a previsão do tempo, o volume de chuva esperado representa três vezes e meia a média climatológica para o mês de maio

O grande destaque desta segunda-feira (2) é o início da formação de um ciclone extratropical que vai ser o responsável por provocar muita chuva e ventos intensos no Sul do Brasil ao longo dos próximos dias. O volume pode chegar a quase 400 milímetros em áreas mais altas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, com ventos de 100 km/h, como é o caso da cidade de Morrinhos do Sul, no nordeste do estado, quase divisa com Santa Catarina. Há riscos para lavouras de batata, arroz, uva e maçã.

“O potencial para deslizamentos e transtornos é altíssimo”, diz Celso Oliveira, meteorologista da Climatempo. A chuva desta segunda-feira já vem com forte intensidade em várias áreas da região Sul, mas com maior potencial para temporais entre o norte/noroeste gaúcho, a região serrana, Santa Catarina e o sul e oeste do Paraná. Além da chuva, os ventos já sopram fortes no decorrer do dia. Será um dia frio no Sul.

Enquanto isso, as áreas centrais no país continuam secas e com baixos índices de umidade relativa do ar, como é o caso de boa parte do Centro-Oeste, incluindo as capitais, o interior da Bahia, sul do Piauí e do Tocantins, além do interior de São Paulo, grande parte de Minas Gerais e sul do Espírito Santo. A passagem de uma frente fria em alto mar espalha umidade no sul e leste de São Paulo, por isso chove em alguns momentos desta segunda e a temperatura não sobe muito, mas não chove de forma volumosa. A precipitação chega à tarde no Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais. Na costa norte do Brasil e no litoral do Nordeste, o dia segue instável e com várias pancadas de chuva. Há risco para temporais isolados.

Na terça-feira (3), com a atuação do ciclone extratropical na costa do Sul, o tempo fica carregado nos três estados com volumes bastante elevados e com rajadas intensas de vento no decorrer do dia. A chuva aumenta também em parte do sul e oeste de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Esta condição preocupa os produtores de milho segunda safra, já que os volumes de chuva no Sudeste e Centro-Oeste só serão mais expressivos a partir do dia 9 de maio e, mesmo assim, bem localizados. “Somente o sudoeste do Paraná e norte de Mato Grosso é que devem receber chuva mais significativa”, explica Celso.

Ainda segundo a previsão do tempo, não chove em Goiás, no Distrito Federal, Minas Gerais, Tocantins, sul do Piauí, sertão de Pernambuco, interior da Bahia e até São Paulo e Rio de Janeiro devem ficar com o tempo firme. O tempo continua instável e com potencial para chuva forte no litoral do Nordeste e em vários estados da região Norte. Grandes volumes são previstos entre Maceió e a região de Belém, no Pará.

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A tendência é de volumes muito altos de chuva e com ventania no Sul do Brasil ao longo de toda a semana. São Paulo terá dias muito diferentes e até o fim da semana o frio retorna e com chance de recorde de temperaturas mais baixas durante as madrugadas. A chuva na costa do Norte e do Nordeste persiste ao longo dos próximos dias e pode acumular altos volumes.

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