Chuva pode vir acompanhada de granizo em áreas do Sul
Segundo a previsão do tempo, os temporais vão atingir as áreas de arroz, onde cerca de 80% das lavouras já foram colhidas
Depois de um fim de semana com 100 milímetros de chuva no sudoeste do Paraná, o que trouxe diversos transtornos para alguns produtores, a semana começa com chuva forte principalmente sobre o sul do Rio Grande do Sul com potencial para granizo. Segundo a previsão do tempo, os temporais vão atingir as áreas de arroz, onde cerca de 80% das lavouras já foram colhidas. No Rio Grande do Sul, estimam-se acumulados acima dos 200 milímetros muito em função das tempestades previstas para esta segunda-feira (25). “O fato é que a chuvarada vai paralisar as atividades de campo mais uma vez”, explica Celso Oliveira da Climatempo. Em áreas de Santa Catarina e do Paraná, a chuva não vai ser tão forte, mas pode atrapalhar áreas que já estão com o solo encharcado. Também chove forte no leste e norte do Nordeste e nas porções norte e oeste da região Norte.
A semana será de tempo seco e quente no Sudeste, Centro-Oeste e em boa parte do Matopiba, algo que vai diminuir ainda mais a umidade do solo nas áreas produtoras, especialmente de segunda safra de milho. O calor predomina e, no sábado (30), a temperatura máxima irá beirar os 40°C na região de Corumbá (MS). A partir do dia 2 de maio, linhas de instabilidade e frentes frias finalmente vão conseguir reorganizar a umidade do ar e levar chuva ao centro do Brasil. A questão é que o acumulado previsto até o dia 7 de maio será baixo na maior parte dos estados e não será suficiente para aumentar a umidade do solo. A única exceção será o oeste e norte de Mato Grosso com precipitação mais abrangente e acumulado entre 20 e 50 milímetros.
Alguns modelos de previsão do tempo trabalham com a hipótese de uma chuva um pouco mais tardia, acontecendo entre 8 e 14 de maio para importantes áreas de milho segunda safra. Mas não deve acontecer mais do que um episódio de chuva em maio, sendo que no início do mês as chances são maiores. Além disso, há previsão de declínio de temperatura entre 29 de abril e 07 de maio. “O frio não será intenso, mas extenso e pode durar até uma semana”, diz o meteorologista da Climatempo.
A tarde mais fria está prevista para o dia 3 de maio e alcançará o Sul, São Paulo, sul de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia. A madrugada mais fria será a de 4 de maio, com mínimas entre 3°C e 6°C nas áreas mais elevadas da região Sul. A geada será fraca e alcançará áreas minoritárias de commodities, como o milho.
Panorama da chuva
O tempo seco predominou nos últimos sete dias sobre boa parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste, aumentando o déficit hídrico. Mesmo nas últimas 24 horas, informação que não está contemplada nos mapas de chuva dos últimos sete dias, a precipitação foi irregular. O destaque vai para Cuiabá (MT), com 55 milímetros, Maracaju (MS), com 25 milímetros e Poxoréo (MT), com 10 mm.
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No acumulado mensal, aliás, percebe-se maior anomalia negativa de precipitação sobre o Mato Grosso. Algumas áreas do oeste do estado, região do Parecis, receberam 100 milímetros a menos que o normal para o período. No Sul, por outro lado, a chuva forte retornou ao oeste dos três estados. O período seco um pouco mais prolongado observado antes serviu para que a colheita da soja desse um salto de 38% para 55% das áreas instaladas no Rio Grande do Sul, de acordo com a Emater-RS. No Nordeste, a chuva foi intensa sobre a região Metropolitana de Salvador, paralisando o embarque de grãos no porto da capital.
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