Exportação de lácteos cresce 72% na pandemia

Publicado no dia 16/03/2022 às 16h07min
Apesar de ser um tradicional importador de lácteos, o Brasil vem galgando exportações e diversificando o mix de produtos comercializados a clientes de fora do país

Apesar de ser um tradicional importador de lácteos, o Brasil vem galgando exportações e diversificando o mix de produtos comercializados a clientes de fora do país. A expansão das vendas foi apresentada pelo diretor-executivo da Viva Lácteos, Gustavo Beduschi, durante solenidade de lançamento do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) Agro Lácteos – Região Sul, na manhã desta quarta-feira (16/03), no campus da Unisinos, em São Leopoldo (RS). Os embarques brasileiros fecharam 2021 em US$ 97,85 milhões, alta de 72% frente a 2019 (US$ 56,98 milhões). A expansão registrada durante a pandemia está atrelada à comercialização de leite em pó, mas também a itens diversos e de maior valor agregado como queijos, leite condensado, requeijão e cremes.


A parceria com a Apex Brasil para a ação do PEIEX Agro Lácteos – Região Sul vem incentivar esse movimento. Entre os mercados no foco do setor lácteo, cita a Viva Lácteos, estão Bolívia, Chile, China, Colômbia, Estados Unidos, Paraguai, Peru e Rússia. “O setor era importador e estamos virando essa página. Acreditamos que, em breve, teremos um grande potencial exportável. Temos crescido nas exportações de alto valor agregado, como queijos. O que se vê é um novo conceito de diversificação de produtos e mercados”, citou Beduschi.

O Núcleo PEIEX Porto Alegre terá atuação em diferentes municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre com foco na exportação. Juntos, eles concentram 54% dos embarques de itens alimentícios e 56% dos de maquinários e equipamentos do Rio Grande do Sul. A solenidade contou com a presença do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Para receber os convidados de diferentes setores produtivos, o evento contou com milk break com produtos de indústrias associadas ao Sindilat. “Foi um momento de muita interação e aprendizado. Sem dúvida, as indústrias lácteas terão muito a aproveitar desse projeto”, frisou Palharini, lembrando que ainda há 11 vagas disponíveis para laticínios da Região Sul (RS, SC e PR).

Presente à solenidade, Silvio Andriotti, da Secretaria do Desenvolvimento Ecônomico, Ciência e Tecnologia (SDECT), reforçou que a exportação é muito importante para o governo do Estado. "Por mais que não traga tributos diretamente, indiretamente, traz muita coisa. A gente consegue fazer a roda girar. Todos crescem em emprego, renda, INSS. Todos ganham”, ponderou.

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Durante as explanações do evento, foram abordadas as linhas de trabalho da Apex na região, com foco em preparar as companhias brasileiras para as exigências internacionais como sustentabilidade e certificações de processos. A fim de exemplificar a força dessa iniciativa, foram apresentados os avanços obtidos no setor calçadista. Em 2021, as exportações do setor calçadista brasileiro cresceram acima de dois dígitos, e a tendência é que sigam se expandido em 2022. Segundo a Abicalçados, que atua com a Apex na promoção há mais de 20 anos, a pandemia levou muitas empresas do segmento que não exportavam a prospectar esse novo mercado.

 

Fonte: Por: AGROLINK -Aline Merladete

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