Mulheres atuam em todas as etapas da cadeia produtiva da carne de Mato Grosso
Fato é que elas estão cada vez mais presentes na cadeia produtiva da carne e o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), neste 08 de março, Dia Internacional das Mulheres, faz uma homenagem às que contribuem com o setor
O desenvolvimento e o fortalecimento do agronegócio também são frutos do empenho e dedicação de muitas mulheres, seja no campo, na administração dos negócios, no balcão do açougue ou na churrasqueira. Fato é que elas estão cada vez mais presentes na cadeia produtiva da carne e o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), neste 08 de março, Dia Internacional das Mulheres, faz uma homenagem às que contribuem com o setor mostrando alguns exemplos da atuação feminina na área.
Dominando a atividade que exercem com conhecimento e técnicas aprimoradas a cada dia, as mulheres atuam na cadeia da pecuária com o olhar diferenciado do cuidado e preocupação diante das variantes que envolvem o setor, tanto em relação às pessoas quanto ao mercado, desde a produção - cria, recria e engorda - passando pela compra e venda da carne como commodity, até a definição do melhor corte para o churrasco que ela mesmo comanda.
A pecuarista e empresária Janete Zerwes é uma das mulheres que estão na vanguarda com investimento na Integração Lavoura e Pecuária (ILP), com bons resultados. À frente dos negócios da família, ela afirma que na área o respeito é o principal requisito. “Nossa posição não difere muito da masculina, dentro de qualquer empresa ou atividade, só depende do respeito ao conhecimento. É preciso que estejamos sempre nos atualizando, buscando novas tecnologias, estudando, e tudo mais”, ressalta Janete ao ser questionada sobre o fato de ser mulher, no ambiente em que os homens são maioria.
A advogada Cecília Gallina, que administra um frigorífico em Mato Grosso, destaca o aumento do número de mulheres na cadeia da pecuária. “No setor administrativo da empresa o número de mulheres é praticamente equivalente ao de homens, com várias mulheres que se destacam em papéis de liderança. Na indústria, 30% são mulheres. Lidamos cada dia mais com produtoras rurais e administradoras de empresas clientes e prestadoras de serviço, o que na minha opinião é ótimo para o desenvolvimento do setor e integração das mulheres tanto no mercado de trabalho quanto na sociedade.
Mas, talvez seja na churrasqueira que o sexo feminino esteja causando mais alvoroço em função da qualidade da carne que serve e também pela forma como está vencendo preconceitos em um ambiente, até então, masculino. Ana Paula Tavares é uma delas e afirma que ser mulher nesta área faz toda a diferença. “Essa é a melhor parte. Quando eu ingressei nessa área, eu queria um diferencial, e o diferencial é ser mulher. Tenho muitos clientes que me contratam por ser mulher, por conta do cumprimento de horário, organização, limpeza, e claro, de entregar o ponto da carne que preferem”, diz segura de si.
Como empresária e chef de cozinha, Jaínne Mello Pereira hoje disputa com os homens, literalmente, o preparo do melhor churrasco. Em um tradicional festival de churrasqueiros, ela se orgulha do que já conquistou com profissionalismo. “Eles amam ver uma mulher comandando, pedem para tirar foto”. Ela conta ainda que tem muitos homens que não conseguem comandar uma parrilha do tamanho da sua e que, quando fica quente, saem de perto.
Ao todo, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo (USP), cerca de 30% das pessoas ocupadas no agronegócio são mulheres.
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IMAC - O Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac) é um Serviço Social Autônomo que tem como missão promover a carne bovina de Mato Grosso, valorizando toda a cadeia produtiva a partir de ações de pesquisa e desenvolvimento, informação e marketing. Em seu conselho deliberativo, estão representantes do Governo do Estado, do setor pecuário e de indústrias frigoríficas.
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