Milho voltou a subir forte na esteira do petróleo

"No Brasil, os preços deverão sentir esta redução na oferta"

O milho voltou a subir forte no mercado internacional, motivado pelo preço do petróleo e aumento do combustível, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. Isso ocorre porque o milho é utilizado para a produção do etanol, que é influenciada pelo resto dos combustíveis.

“A forte alta do preço do petróleo, nesta terça-feira, que atingiu US$ 106,33/barril, contra US$ 30 há um ano, puxou também as cotações do milho na Bolsa de Chicago, porque este cereal é fartamente usado na produção de etanol combustível, tanto nos EUA como em vários outros países e deverá ter aumentada a sua demanda internacional”, comenta a consultoria.

Contudo, a oferta mundial está prejudicada pelas reduções ocorridas com a seca na América do Sul e com as dificuldades de embarque do milho da Ucrânia, quarta maior exportadora mundial, diante do conflito em que está envolvida. “Isto está afetando significativamente os preços dos mercados futuros. Somente em Chicago as cotações subiram hoje $42,25 cents/bushel, mas, nas últimas quatro sessões, a elevação total atingiu US$ 31,10/tonelada, completa.

“No Brasil, os preços deverão sentir esta redução na oferta, pela menor oferta da safra de verão. Mas, provavelmente a safrinha de inverno também poderá ficar comprometida, se o abastecimento de fertilizantes não for adequado, já que a Rússia e a Bielorrúsia são fornecedores de mais de 20% do que necessitamos”, indica.

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Em Chicago, a cotação do milho para março22 fechou em forte alta de 5,69% ou 37,50 cents/bushel a $ 697,0. A cotação de julho22, importante para as exportações brasileiras, fechou também em alta de 5,05% ou $ 32,50 cents/bushel a $ 676,50.