Poder de compra do suinocultor cai diante da desvalorização das cotações do animal vivo
Pressão sobre os preços do animal vem da maior oferta de suínos e do enfraquecimento da procura por novos lotes para abate
As intensas quedas das cotações do suíno vivo na última semana (entre 14 e 21 de dezembro) reduziram o poder de compra de suinocultores paulistas e catarinenses frente aos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, aponta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Segundo colaboradores da entidade, a pressão sobre os preços do animal vem da maior oferta de suínos e do enfraquecimento da procura por novos lotes para abate. No mercado de milho, segundo levantamento da Equipe Grãos/Cepea, apesar de os preços seguirem firmes na maior parte das regiões, devido à postura retraída de vendedores, boa parte dos compradores se mostra abastecida, o que acaba limitando as valorizações.
Mesmo assim, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do milho (Campinas – SP) subiu 0,98% nos últimos sete dias. Para o farelo de soja, ainda segundo a Equipe de Grãos/Cepea, a valorização do dólar frente ao Real elevou o interesse de compradores externos pela soja brasileira, aumentando a disputa entre os agentes dos mercados doméstico e internacional e, consequentemente, os preços internos.
Informações por Cepea
Foto de capa: Wenderson Araújo/ Trilux/ Sistema CNA Senar