Aprosoja se posiciona contra uso de 10% de biodiesel na composição do óleo diesel
Medida foi aprovada nesta semana pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)
A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) emitiu um posicionamento nesta quarta-feira (01º), sobre a decisão do teor de 10% de biodiesel misturado ao óleo diesel em 2022, determinada Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), na segunda-feira (29/11). A medida passa a valer a partir de janeiro.
A aprosoja definiu a decisão como “descontextualizada da atual situação de oferta da principal matéria-prima”.
A associação relembrou o apoio dado pela entidade sobre a mesma medida implementada no final do ano passado diante do cenário de oferta da soja durante a pandemia, como forma de procurar minimizar um possível impacto no custo e na oferta.
“O momento [atual] é totalmente diverso, com estoques de passagem elevado, previsão de safra recorde, sem previsão de pressão na cotação”, afirma a entidade.
De acordo com a associação, a redução da demanda por óleo de soja pode prejudicar o setor e afetar de forma negativa os preços.
“O setor espera que a decisão seja revertida o mais rapidamente possível, retomando-se imediatamente o B13 e a progressividade até o B15 conforme o que está previsto na Resolução CNPE 16/2018, dando a previsibilidade que todo setor necessita”, afirma o texto.