Sem China, utilização de frigoríficos fica em 61% em Mato Grosso

Publicado no dia 26/10/2021 às 11h04min
Sem exportação, os produtores tentaram segurar seus animais dentro da porteira; é o segundo menor resultado da série histórica

Foto: Paula Moreira/Embrapa

Com a demanda externa reduzida, devido à suspensão da China, e o baixo escoamento da carne bovina no mercado interno, estoques foram formados nas intermediações industriais e os frigoríficos passaram a pressionar as cotações da arroba em Mato Grosso, no mês passado, de acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Sem exportação, os produtores tentaram segurar seus animais dentro da porteira na expectativa de retorno à normalidade dos preços no curto prazo, o que justificou a queda de aproximadamente 30% no volume de animais abatidos, em comparação com o mês passado.


Com isso, a utilização real dos frigoríficos, em setembro foi de 60,99%, recuo de 14,95% em comparação com agosto; segundo menor resultado da série histórica, com início em 2010.

Por fim, sem a previsão de retorno das compras do mercado chinês, somado com a concentração de maior oferta dos animais confinados previstos para outubro, o cenário fica incerto sobre o destino que as indústrias darão para a carne já processada.

 

 

Pecuária
Segundo a 4ª estimativa do Valor Bruto da Produção (VBP) divulgado pelo Imea para o ano de 2021, a pecuária de corte continuou sendo a segunda cadeia que mais contribuiu no VBP.

De acordo com a nova estimativa, a agricultura representou cerca de 77,50% da participação no VBP, ante a 22,50% da pecuária. Nesse sentido, a pecuária de corte exibiu share de 18,66% e a estimativa é de que o indicador some R$ 25,33 bilhões.

 

Na quantidade total, ficou atrás somente da soja, que contou com 48,73% do total do estado. No comparativo com o último resultado de 2020, o avanço observado foi de 31,77%.

É importante salientar que esse cenário continuou sendo pautado, principalmente, pela alta nos preços do boi gordo observados até o momento, devido à menor disponibilidade de animais.

Para se ter ideia, a cotação média da arroba de entre janeiro e setembro registrou acréscimo de 37,78%, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Por outro lado, a produção estimada apresentou queda de 4,92% – resultado do menor abate de animais em Mato Grosso.

Fonte: Por Agência Safras

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