Arroba cai com força no Brasil; confira os destaques desta terça
A arroba do boi gordo voltou a ter queda acentuada nas principais praças de produção e comercialização do Brasil
Boi: arroba cai com força em todas as regiões, diz Safras & Mercado
Milho: indicador do Cepea tem leve alta
Soja: cotações seguem Chicago e recuam
Café: preços ficam estáveis no Brasil
No exterior: mercados iniciam semana com aumento do pessimismo
No Brasil: Ibovespa tem forte recuo seguindo cenário externo
Agenda:
Brasil: dados das lavouras do Paraná (Deral)
Brasil: produção industrial de agosto (IBGE)
EUA: resultado da balança comercial de agosto
Boi: arroba cai com força em todas as regiões, diz Safras & Mercado
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a arroba do boi gordo voltou a ter queda acentuada nas principais praças de produção e comercialização do Brasil. Em São Paulo, capital, a arroba passou de R$ 290 para R$ 280, na modalidade a prazo. Em Uberaba (MG), foi de R$ 287 para R$ 280 e em Dourados (MS), passou de R$ 284 para R$ 280.
Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo tiveram mais um dia de forte queda, fazendo com que os vencimentos mais curtos já estejam abaixo de R$ 280 por arroba. O ajuste do vencimento para outubro passou de R$ 283,50 para R$ 274,45, do novembro foi de R$ 287,45 para R$ 275,70 e do dezembro foi de R$ 295,35 para R$ 285,90 por arroba.
Milho: indicador do Cepea tem leve alta
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve um dia de leve alta. A cotação variou 0,29% em relação ao dia anterior e passou de R$ 91,76 para R$ 92,03 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 17,01%. Em 12 meses, os preços alcançaram 40,8% de valorização.
Na bolsa brasileira, a B3, a curva de contratos futuros do milho voltou a cair e atingiu o menor patamar desde o final de junho. O ajuste do vencimento para novembro foi de R$ 91,29 para R$ 90,41, do janeiro de 2022 passou de R$ 92,26 para R$ 91,16, do março foi de R$ 92,23 para R$ 91,63 e por fim, do maio saiu de R$ 87,98 para R$ 87,55 por saca.
Soja: cotações seguem Chicago e recuam
Apesar de um dia de forte valorização do dólar contra o real, o indicador da soja do Cepea para o porto de Paranaguá (PR) teve baixa, seguindo novamente a queda observada em Chicago. A cotação variou -0,74% em relação ao dia anterior e passou de R$ 170,95 para R$ 169,69 por saca. Dessa forma, no acumulado do ano, o indicador valorizou 10,26%. Em 12 meses, os preços alcançaram 8,76% de alta.
Na bolsa de Chicago, as cotações dos contratos futuros da soja alcançaram o terceiro dia da sequência de baixas que se iniciou na última quinta-feira. O vencimento para novembro, o contrato com mais negócios no momento, recuou 0,87% na comparação diária e passou de US$ 12,464 para US$ 12,356 por bushel.
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Café: preços ficam estáveis no Brasil
De acordo com a Safras & Mercado, as cotações do café no Brasil ficaram estáveis, com o câmbio compensando a queda em Nova York. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação ficou estável em R$ 1.175/1.180, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação ficou inalterado em R$ 1.180/1.185 por saca.
Na bolsa de Nova York, as cotações do café arábica acabaram passando por uma correção após a forte alta da última sexta-feira. O movimento pode ter sido causado por realização de lucros. O vencimento para dezembro, o mais negociado atualmente, teve desvalorização de 1,81% na comparação diária e passou de US$ 2,0405 para US$ 2,0035 por libra-peso.
No exterior: mercados iniciam semana com aumento do pessimismo
As bolsas globais operaram em forte queda no início da semana em virtude da incerteza em relação ao teto da dívida federal dos Estados Unidos. Há um impasse no Congresso americano para aumentar o teto e permitir o funcionamento do governo nos próximos meses. Isso tudo em meio a preocupações crescentes em relação à inflação.
Dessa forma, os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano sobem com expectativa de maior aperto monetário e as ações têm desvalorização. A situação na China adiciona incerteza no mercado com a crise da gigante imobiliária Evergrande, além de dúvidas em relação aos custos de energia no país asiático.
No Brasil: Ibovespa tem forte recuo seguindo cenário externo
O aumento do pessimismo no cenário externo, com incremento da incerteza na China e nos Estados Unidos, voltou a penalizar o mercado brasileiro. O Ibovespa teve forte queda e o dólar uma alta expressiva em relação ao real. Apesar de bons dados macroeconômicos recentes, uma piora no exterior é bem negativa para o Brasil.
Dessa forma, o principal índice de ações da bolsa brasileira caiu 2,22% na comparação diária e ficou cotado aos 110.393 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial teve valorização de 1,44% e passou de R$ 5,369 para R$ 5,447. Na agenda de hoje, destaque para a divulgação da produção industrial de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).