Feijão carioca: preço para o produtor cresceu 36%
Segundo Ibrafe, alta foi gerada pela alta nos custos de produção
A crise econômica brasileira tem gerado reflexos em inúmeros setores. Segundo o Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), cada elo tem sentido esse desajuste de forma diferente. Enquanto produtores amargam a alta no preço dos insumos, empacotadores veem sua margem cair drasticamente diante da diminuição do poder de compra do brasileiro.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o preço do feijão carioca subiu 36% para o produtor, no comparativo ao ano anterior. No Estado de Minas Gerais, a média do preço de venda em agosto de 2020 era de R$ 203,00. Este ano, esse mesmo feijão está sendo vendido por R$ 277,00.
Parte desse aumento gerado pela alta nos custos de produção, quebras na safra e outros agravantes, tiveram que ser absorvidos pelos empacotadores, que precisaram diminuir a margem para evitar que o valor ficasse ainda mais alto nas gôndolas dos supermercados.
Preço médio
O preço médio de venda ao consumidor final em 2021 foi de R$ 8,37, uma diferença de 13,7% para os R$ 7,22, que era o preço médio aplicado em 2020, percentual que não acompanha proporcionalmente a alta do preço da saca. Em São Paulo, de acordo com dados do Instituto de Economia Aplicada (IEA), o preço ficou menor em 7,7%.
Nas prateleiras dos supermercados é possível constatar uma boa variação entre os valores de venda de diferentes marcas de Feijão. A diferença entre pacotes de 1kg pode chegar a R$ 3,00 entre uma marca e outra. Isso significa um investimento da indústria, uma diminuição de margem para suprir a necessidade de venda.
Alguns membros do Ibrafe afirmam que chegaram a trabalhar com zero margem para conseguir, pelo menos, pagar a folha e para ter uma remuneração dentro do mês.
Com informações da Ibrafe