Preços dos lácteos mantém estabilidade
As perdas na safrinha e os baixos estoques mantém o milho valorizado
A baixa disponibilidade interna de leite sustentou os preços dos derivados ao longo de agosto. O preço do leite UHT registrou a maior valorização entre os derivados em relação a julho, inclusive com bom repasse também ao consumidor. No atacado paulista o litro fechou em R$ 3,60, alta de 3,4% sobre o mês anterior.
Queijo muçarela e leite no mercado spot também tiveram pequenas altas. Por outro lado, o mercado de leite em pó fracionado seguiu mais fraco e com recuo nos preços médios na comparação com julho. A última semana do mês de agosto foi de desaceleração nas cotações do leite UHT e do queijo muçarela, refletindo também uma demanda mais fraca. Os dados são do boletim CILeite, da Embrapa Gado de Leite.
Em agosto, o preço do leite ao produtor registrou a quinta alta consecutiva. Para o pagamento de setembro, os Conseleites divergiram nas indicações. Em Santa Catarina e Rio Grande do Sul a referência é de alta nos preços, de 1,7% e 0,5%, respectivamente. Já no Paraná, a queda projetada é de 1,2% e em Minas Gerais, de 0,6%.
Com relação aos insumos usados na produção, as perdas na safrinha e os baixos estoques mantém o milho valorizado. Estimativas da Conab indicam estoques de 5,1 milhões de toneladas (ante 10,6 milhões na safra passada). Em relação a julho a alta da saca foi de 1,5% (R$ 95,84 a saca de 60 kg). Já sobre agosto do ano passado a alta acumula 75%. No período a saca custava R$ 56,62. No mercado de soja, o preço do farelo ficou relativamente estável no mês de agosto, com alta de 0,03%, fechando a tonelada em R$ 2.353. Em relação a agosto do ano passado do ano passado o avanço foi de 22%, quando a tonelada saía por R$ 1.961.