Na pré cúpula dos Sistemas Alimentares, ministra da Agricultura fez o que o agro esperava dela
No entanto, segundo o comentarista Benedito Rosa, o Brasil deve se proteger de discursos contrários à produção em larga escala
Terminou nesta quarta-feira, 28, a pré-cúpula dos Sistemas Alimentares. O evento reuniu líderes para debater a mudança dos sistemas alimentares, para alcançar os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável. A ministra da Agricultura Tereza Cristina foi uma das representantes do Brasil na ocasião.
Para o comentarista do Canal Rural Benedito Rosa, a participação do Brasil na pré cúpula foi positiva, e a ministra teve um desempenho correspondente ao que o agro esperava dela.
O grande problema, segundo Rosa, são as sugestões para a produção de alimentos que a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), vem recebendo de alguns setores da sociedade.
“Há anos, a FAO vem colhendo propostas de mudanças para o sistema de produção rural, com base em recomendadas que são baseadas em princípios e ideologias, apoiadas geralmente pela União Europeia. São ações que estão em linha com o modelo de produção europeu e não condizem com as práticas de agricultura em larga escala que é observada nas Américas”, diz.
De acordo com o comentarista, as mudanças propostas por algumas Organizações Não-governamentais (ONGs), podem ser prejudiciais para a agricultura no Brasil em um longo prazo.
“Algumas organizações que participaram dessa cúpula querem restringir o uso de água para irrigação e de fertilizantes, por exemplo. Com o modelo que se pratica no Brasil, nós teríamos uma agricultura menos competitiva, e com quebra de produtividade, haveria queda de preços”, ressalta.