Indústria de lácteos vê custo maior e busca ações para não reduzir preço ao produtor

Publicado no dia 13/07/2021 às 16h22min
Assim como na produção do campo, a alta dos custos preocupa a indústria de laticínios no Rio Grande do Sul, destaca o Sindilat

Apesar dos desafios para a produção do leite em diversas regiões do Brasil, o Rio Grande do Sul teve um papel de destaque. No estado, a produção leiteira cresceu quase 81% entre 2004 e 2019. Segundo o sindicato da Indústria de Laticínios do estado (Sindilat), a produção passou de 2,3 bilhões para mais de 4 bilhões de litros por ano.

De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, apesar do crescimento na oferta, algumas indústrias têm enfrentado as mesmas dificuldades observadas pelos produtores em outras regiões do Brasil.

“A principal dificuldade tem sido com os custos de produção, especialmente na questão da dieta dos animais, com o milho e o farelo de soja. Por aqui, algumas propriedades têm buscado diversificar, trabalhando com alimentação a pasto e assim amenizar os custos de produção”, revela.


De acordo com Darlan, as indústrias, assim como os produtores também encontram dificuldades nesse momento de crise do leite. “Alguns itens, como embalagens, tiveram reajuste de 30% a 140%. Está difícil repassar essa alta para os consumidores, que estão com menor poder de compra. A situação é desafiadora para as indústrias neste ano, onde muitas não vão conseguir manter as operações. A meta para o segundo semestre será equilibrar essa situação sem reduzir o preço pago ao produtor”, ressalta.

Fonte: Canal Rural

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