Relatório USDA faz soja subir mais de 10%; veja as notícias desta segunda
No mercado do milho, as geadas fizeram com que o indicador do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), acumulasse uma alta de 6,8% na semana
Boi: cotações se acomodam após recorde
Milho: Campinas (SP) tem alta de quase 7,0% na semana
Soja: saca sobe mais de 10% na comparação semanal no Cepea
Café: dólar compensa queda do arábica em Nova York
No Exterior: Payroll mostra forte criação de vagas de trabalho em junho
No Brasil: bolsa fica praticamente estável na semana; dólar sobe
Agenda:
Brasil: relatório focus (Banco Central)
Brasil: PMI Composto de junho (Markit)
EUA: feriado nacional – Dia da Independência
Boi: cotações se acomodam após recorde
O indicador do boi gordo do Cepea, calculado com base nos preços praticados em São Paulo, encerrou a semana em queda após iniciar com novo recorde. A cotação variou -0,05% em relação ao dia anterior e passou de R$ 316,20 para R$ 316,05 por arroba. Com isso, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 18,3%. Em 12 meses, os preços alcançaram 43,89% de valorização.
Na B3, os contratos futuros do boi gordo tiveram novas baixas em todos os vencimentos da curva futura e seguiram a tendência de curto prazo apresentada no mercado físico. O ajuste do contrato que vence em julho passou de R$ 314,70 para R$ 313,25, do outubro foi de R$ 319,85 para R$ 317,10 e do novembro caiu de R$ 322,90 para R$ 320,15 por arroba.
Milho: Campinas (SP) tem alta de quase 7% na semana
As geadas fizeram com que o indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), acumulasse uma alta de 6,8% na semana. A cotação variou 0,93% em relação ao dia anterior e passou de R$ 91,25 para R$ 92,1 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 17,1%. Em 12 meses, os preços alcançaram 84,98% de valorização.
Na B3, os contratos futuros do milho também seguiram reagindo às geadas e às prováveis perdas de produção que serão verificadas na safrinha. O ajuste do vencimento para julho passou de R$ 91,03 para R$ 92,07, do setembro foi de R$ 93,44 para R$ 94,60 e do março/22, de R$ 96,49 para R$ 97,21 por saca.
Soja: saca sobe mais de 10% na comparação semanal no Cepea
O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), subiu 10,4% na comparação semanal. A cotação variou 0,29% em relação ao dia anterior e passou de R$ 163,81 para R$ 164,28 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 6,74% e em 12 meses, os preços alcançaram 43,55% de valorização.
A forte alta semanal observada no Brasil foi influenciada pela recuperação consistente das cotações da soja negociada em Chicago após os números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No encerramento da semana, o vencimento para novembro teve uma leve alta de 0,26% e passou de US$ 13,954 para US$ 13,99 por bushel.
Café: dólar compensa queda do arábica em Nova York
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços do café no mercado brasileiro ficaram estáveis. A queda em Nova York provavelmente foi compensada pela alta do dólar em relação ao real. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação ficou estável em R$ 820/825, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação ficou inalterado em R$ 825/830 por saca.
Em Nova York, os contratos futuros do café arábica chegaram ao quarto dia consecutivo de baixas e já começam a se aproximar perigosamente do nível de US$ 1,50 por libra-peso. O vencimento para setembro caiu 2,14% e passou de US$ 1,5640 para US$ 1,5305 por libra-peso. O mercado dá sinais que o movimento de alta causado pelo clima frio no Brasil pode ter terminado.
No Exterior: Payroll mostra forte criação de vagas de trabalho em junho
O Relatório de Emprego de junho, conhecido como Payroll, mostrou forte criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos. O resultado foi de 850 mil empregos, enquanto a expectativa dos analistas de mercado era de 700 mil. Além disso, o número de maio foi revisado para cima e passou de 559 para 583 mil.
Com os bons resultados do mercado de trabalho, os principais índices de ações dos Estados Unidos tiveram valorização. Tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq renovaram seus recordes históricos de fechamento. Nesta semana, a agenda econômica tem como destaque a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve.
No Brasil: bolsa fica praticamente estável na semana; dólar sobe
O Ibovespa teve uma alta diária de 1,56% e fechou a semana aos 127.621 pontos. Na comparação semanal, após atingir uma mínima aos 125.666 pontos, o principal índice da bolsa brasileira se recuperou e teve uma leve valorização de 0,30%. Enquanto isso, o dólar comercial subiu 2,3% em cinco dias e ficou em R$ 5,0533.
O bom resultado do Ibovespa no encerramento da semana foi impulsionado por fortes dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos. No Brasil, a produção industrial de maio teve crescimento de 1,4%, após três meses seguidos de queda. Ainda assim, o resultado ficou ligeiramente abaixo do projetado pelos analistas de mercado.